- ‘(...) Apareceu um concorrente que ganhou o concurso, oferecendo uns trocos de 40 milhões, contra a garantia de que o Estado ficaria com metade dos trabalhadores do banco a seu cargo: um banco ao preço de um prédio. “Melhor do que nada, pensaram os contribuintes, pelo menos isto acaba!”. Mas eis que, afinal, não acabava assim: o Governo aceitou enfiar mais 600 milhões no banco, “para o viabilizar” (uma modalidade de privatização que não existe em mais lado algum do mundo), e ainda se comprometeu a emprestar-lhe, a 0% de juros, 300 milhões saídos da agora deficitária Caixa Geral de Depósitos. Esta privatização é de tal forma insólita e estranha, para dizer o mínimo, que a própria Comissão Europeia resolveu chamar a si o dossiê e exigir explicações ao Governo. E, não tendo ainda encerrado o assunto, Bruxelas já concluiu duas coisas: que o empréstimo do banco público a 0% de juros é uma ajuda não consentida a um banco, que viola as regras da concorrência; e que, pelo preço de pagar 600 milhões, emprestar 300 e ainda receber metade dos trabalhadores, em troca de receber apenas 40 milhões do banco de Isabel dos Santos e Américo Amorim, saía bem mais barato ao Estado português encerrar o BPN, pura e simplesmente (...).’
¹ Nogueira Leite, no Jornal de Negócios.
Pois é...e eu? Fico sem os dois mesitos, para os quais descontei a toda a vida, e, que equilibravam o meu orçamento anual, para serem distribuídos por esta corja de parasitas.
ResponderEliminarPois é. Parece que o Estado, como sempre, dá muito jeitinho ao... funcionamento dos "mercados"!
ResponderEliminarE agora digam lá que o Mira Amagal não sabe fazer "power-points"...
Qual será o primeiro Juiz justiceirinho a pôr UM PROCESSO JUDICIAL os representantes do Governo nesta "negociata" escandalosamente ruinosa?