quarta-feira, outubro 10, 2012

Que há em comum entre Macedo, Borges e Romney?

• Madalena Martins, Os mal-entendidos [hoje no Público]:
    'Recentemente, o ministro Miguel Macedo, o consultor do Governo António Borges e (para não utilizar mais casos portugueses) o candidato americano Mitt Romney, protagonizaram mais três actos da farsa dos mal-entendidos, proferindo declarações polémicas para a seguir virem dizer que não era bem assim...

    Miguel Macedo utilizou uma das regras aconselháveis para tornar a comunicação mais sugestiva e usou uma analogia, afirmando que Portugal não pode "ser um país de muitas cigarras e poucas formigas". António Borges foi conciso e chamou ignorantes aos empresários que criticaram a medida da TSU. Mitt Romney disse - com a devida clareza - que não está preocupado com os 47% dos americanos que não pagam impostos e apoiam Obama. Em face das reacções que as suas declarações causaram, Borges veio dizer que falava a título pessoal, Macedo e Romney quiseram explicar que não era aquilo que queriam dizer... mas os estragos já estavam feitos.

    (…)

    Uma coisa é ser mal-entendido e ver as suas declarações interpretadas fora do contexto em que foram expressas. Outra é dizer aquilo que de facto se pensa. E na comunicação, por mais regras que se adoptem, a verdade é como o azeite, vem ao de cima, mais cedo ou mais tarde quem fala em público revela o seu pensamento e as suas intenções. Talvez, antes de se pretender controlar o que se diz, aprender a controlar o que se pensa seja o melhor caminho...'

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