Sendo este blogue especialista em corporações, como o seu nome indica, vem certificar solenemente que as corporações/sindicatos da justiça não pressionam o Ministério da Justiça. Não é preciso. Com efeito, a ministra da Justiça comporta-se em todas as situações e para todos os efeitos como uma verdadeira delegada sindical destas corporações no Governo. Vejamos:
Para procuradora-geral da República a ministra adoptou o critério de escolher alguém que é amigo do Ministério Público e, em particular, do sindicato. No fim se verá se acertou ou não, mas a intenção é que conta.
Num comício empolgante realizado perante o pessoal da investigação criminal, a delegada sindical prometeu, qual Evita Péron, que a Polícia Judiciária só passaria para o Ministério da Administração Interna sobre o seu cadáver. Agora, a ministra vem chamar a atenção, no inevitável Correio da Manha, para o número excessivo de organismos que faz escutas, fazendo eco das reivindicações da PJ e da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal, que pretendem que as outras polícias deixem de poder fazer escutas.
O CC acha muito bem tudo isto. Mas também acha que deve haver reciprocidade e propõe por isso que seja um membro do Governo a dirigir os sindicatos do Ministério Público e da Polícia Judiciária.
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