sábado, fevereiro 15, 2014

Um livro em branco


Victor Baptista é, vá-se lá saber porquê, colunista do Público. No artigo que hoje escreve pode ler-se:
    “Há muito que não víamos no país um líder político preocupado em não prometer o que tem a certeza de não poder cumprir. Que nobreza de atitude. Nos últimos anos, também retenho na memória promessas e mais promessas não cumpridas. Folgo em saber que o Dr. António José Seguro, quando for primeiro-ministro, vai cumprir as suas promessas e já vai adiantando que não fará muitas. Esta atitude é reveladora da maturidade política, das suas preocupações e do conhecimento real da situação do país.”

O próximo governo encontrará um país com cerca de um quarto da população activa no desemprego (incluindo os considerados “desencorajados”), uma boa parte da qual sem qualquer mecanismo de apoio social a que se agarrar; um país com salários esmagados; um país com pensões trituradas; um país com uma carga fiscal inimaginável sobre o trabalho; um país com a pobreza e a fome a atingirem contornos infames. O próximo governo encontrará um país com a desigualdade a aproximar-se de níveis do Terceiro Mundo. O próximo governo encontrará um país com uma economia destroçada e um sistema financeiro à beira do colapso, tudo isto rematado com uma dívida descontrolada. É este o bonito resultado da política austeritária de “ir além da troika”, com o intuito de reduzir os direitos laborais e desmantelar o Estado Social.

Perante este quadro tão negro, é preciso alguém ser muito ousado para se congratular com o facto de o PS não fazer “promessas”. Com amigos destes, quem precisa de inimigos? É que a questão está em saber se o próximo governo se dispõe a inverter este caminho ou se se prepara para dar apenas uns leves retoques para aliviar a pressão.

14 comentários :

  1. Compro um jornal por dia, o Público, e, não sei explicar bem porquê, habituei-me a não ler os artigos deste senhor. Hoje não fugi à regra.

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  2. Eis outro "amigo": Carlos Abreu Amorim. Manifestou-se muito incomodado com as críticas a Seguro "um corredor de fundo" a seu ver, em debate na TVI24, com Ana Gomes. Correspondeu inteiramente àquela repetida piada de que Seguro é o seguro de Passos. Foi nítido. E eu, que até admiro Ana Gomes, desde há muitos anos, não gostei desta sua intervenção, ao criticar Carlos César que, esse sim, além de obra feita, é frontal e excelente político.

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  3. MAs oque é que Sòcrates, Soare,Costa, Assis, Ferro, e este Vitor Baptista queriam? Que Seguro impedisse as boas notícias que vão saindo e que lixa o discurso da miséria de qualquer oposição? Estão zangados com Seguro porque não conseguiu consolidar o discurso miserável que estas criaturas têmtido ao longo de quase 3 anos? E o que é o senhor Batista e os outros aqui citados prometeriam? Coisas estilo Hollande? Cenas irrealistas tipo 75% de imposto e o não corte de salários? Mas está tudo doido? O povo já interiorizou a lamentável situação em que vários governos nos deixaram. Aceitaram os sacrificios. E ao contrário do bando socialista que achava que o programa que desenharam (para lixar quem viesse a seguir) ia correr mal agora atacam o Seguro porque não permitiu que esse programa corresse mesmo mal.

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  4. estes "anónimos" denunciam-se até pelo cheiro!. Num meio que o não permite, é obra!

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  5. "... que até admiro Ana Gomes, desde há muitos anos, não gostei desta sua intervenção, ao criticar Carlos César..."

    há que fazer pela vida, se não dá banha ao chefe, não não volta para a europa e lá terá de regressar às origens, porteira das necessidades por erro de casting. críticas ao chefe, era no tempo do sócras.

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  6. Não correu mal?!
    Oh meu imbecil vai lá vêr o que diz o INE acerca do "milagroso" crescimento do 4º trimestre.
    Está lá preto no branco, não são o Socrates, o Assis, o Soares ou o raio que te parta que o dizem, é o INE : a subida deveu-se ao AUMENTO DO CONSUMO PRIVADO, DEVIDO Á REPOSIÇÃO DOS SUBSIDIOS E ABRANDAMENTO DA AUSTERIDADE POR EFEITOS DA DECISÃO DO TC!!!
    És tão idiota que nem te apercebes que estás a aplaudir aquilo que o teu governo de destrambelhados passa a vida a condenar.
    Esta gente quer mesmo é com um balde de merda nas fuças, já que nem justificar o que que quer que seja com dignidade sabem.

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  7. Não é um livro em branco, mas pior: é como passar a alguém um cheque em branco às cegas sem se saber o que vai fazer com ele. Sós os parvos fariam isso.

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  8. ESte Vitor Batista não passa de um (...)

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  9. Coitada da Ana Gomes. Toda a gente tem o direito de ser muito livre, independente, não arregimentada. Certo? Sim, se for para criticar o SG eleito, e manifestar saudades lamurientas do Ex-PM. E tem mesmo graça a critica e a explicação aplicada a Ana Gomes, julgando-a por si próprios. Pensava eu que o PS era uma partido de gente livre, e ninguém precisava de autorização para exprimir opiniões.

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  10. "Pensava eu que o PS era uma partido de gente livre, e ninguém precisava de autorização para exprimir opiniões."

    isso era no tempo do sócras, que as anasgomes diziam o que queriam, criavam problemas ao governo do partido que as elegeu. agora pia mais fino, se querem lugar, têm de provar fidelidade e dar banha ao tózero. até o assis já anda desesperado por não lhe reconhecerem suficiente lambebotismo.

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  11. Maus amigos, a partir do momento que vemos este seboso do Amorim defender o coitadinho do Seguro, percebemos a urgencia de colocar os patins ao secretário geral do PS.Só não vê quem não quer.

    http://www.tvi24.iol.pt/programa/4322

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  12. É impressão minha ou os Escuteiros do "Doutor" Relvas vêm aqui coçar-se por causa da sarna que os atormenta? Oh arrastadeiras, não se assustem. O Tozé Seguro vai continuar a fazer-vos oposição com "cortesia e elegância".

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  13. "O próximo governo encontrará um país com uma economia destroçada e um sistema financeiro à beira do colapso, tudo isto rematado com uma dívida descontrolada."

    Onde é que eu já li isto? Ah, estera, agora já não há crise europeia!

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  14. Crise? Mas QUAL CRISE?

    «A única "crise" é A FALTA DE CREDIBILIDADE DO 1º-MINISTRO!» (Manelita Ferreira Leite, 2009).


    «Não se põe um País a pão e água por precaução!» (Paços Coelho, um energúmeno crápula e mentiroso que se candidatava à Assembleia da República em 2011).



    «Precisamos de um sobressalto cívico» e «Há limites para os sacrifícios que se podem impor aos portugueses» (Cavaco re-candidato, 2010).


    CRISIS? WHAT CRISIS? ("Supertramp", 1974).

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