Passos Coelho não terá gostado que, no domingo, Paulo Portas o tivesse pressionado para não adiar demasiado a decisão de o PSD e o CDS se apresentarem coligados nas próximas eleições legislativas. A bordoada que Passos Coelho lhe infligiu foi de caixão à cova. Nunca se vira uma reacção assim entre membros de um governo, para mais sendo um o (alegado) primeiro-ministro e o outro o vice-primeiro-ministro.
Que resposta deu o pantomineiro-mor ao vice-pantomineiro? Esta: «Eu não vou introduzir a questão da coligação no debate político. Acho que ela vem completamente a destempo». E ainda deu a estocada final: «Eu agora estou concentrado na questão orçamental, em reformas importantes que levámos ao parlamento: a reforma da fiscalidade verde, a reforma do IRS. Há outras reformas importantes que têm de andar e que terão de ter desenvolvimento até ao final do ano, nomeadamente ao nível da reforma do Estado».
Paulo Portas, que tinha montado o seu circo na Cidade do México, reagiu com um ar transtornado [vídeo]: «Elas [as reformas] estão presentes [sic] no Orçamento [do Estado]. Quando estou fora de Portugal a defender as empresas, as marcas e produtos, ou seja, a bandeira de Portugal, nunca faço comentários sobre política interna». E ainda balbuciou: «Estou aqui como vice-primeiro-ministro e não como líder partidário».
Temos, portanto, um primeiro-ministro que manda o seu vice-primeiro-ministro trabalhar, que faça a reforma do Estado de que foi incumbido (e não fez) e, se se portar bem, lá para o Verão terá uma conversa com ele. E temos um vice-primeiro-ministro que replica, prevenindo o primeiro-ministro de que, estando no México em funções oficiais, não entra na politiquice interna fomentada pelo (alegado) primeiro-ministro.
Em Belém, assiste-se a tudo isto como se o funcionamento das instituições democráticas estivesse plenamente assegurado.
A comunicação social anda preocupada com o não aparecimento do presidente da Coreia do Norte mas nada diz sobre o desaparecimento do Presidente de Portugal.
ResponderEliminarMiguel: existe ali um lapso, certo? O Paulinho tem lata mas é um tipo com uma escala que começa na + pura das mentiras e que só consegue chegar à meia-verdade... A a fama vem de longe.
ResponderEliminar... a reforma da fiscalidade ver[da]de, etc.
Obrigado, RFC. Está corrigido.
ResponderEliminarPaulinho quando vai fazer circo nos trópicos põe sempre o fatinho barranco, mui garboso, só que não há ninguém que lhe diga a verdade: Parece um PANGAIO, pois o fatinho já lhe esta muito apertado no ventre e nos t...
ResponderEliminarO Paulinho esta gordo que nem um chibo, principalmnte entre-pernas, desde frequenta a casa de TeGGy (Teresa Caeeiro) e mama os repastos de alto requinte preparado pelo MST (Sousa Tavares), com bíberes arrebanhados nas feiras.
ResponderEliminarComentário sobre os tt, fora de horas. Tomei nota da expressão «fatinho barranco» tropical (LOL), que não conhecia, mas não deixemos que a caixa de comentários do CC se auto-censure. Pelo menos neste dia. É verdade que Augusto Santos Silva escreve sobre a troiCa com c, num post do FB que o CC transcreve ali em cima sobre a personagem, mas presumo que isso seja uma crítica subliminar dupla que um sociólogo da UP pode fazer à comitiva do Paulinho e, ainda, ao papel do historiador económico José Luís Cardoso que passou os últimos dias a censurar a Análise Social, a revista do ICS. Seria uma homenagem ao antropólogo João de Pina-Cabral da mesma geração, portanto. Ora, como ali se escreve troiCa com c e, alegadamente, se toma posição sobre a censura mural, também aqui se poderia comentar a figura de Paulo Portas no MéxiCo. Assim, os leitores do blog poderiam fazer uso sobre o + puro vernáculo português para dizer que a fatiota do vice lhe entala os tomates. E ambos p'ró CC, já agora.
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ResponderEliminarUm autêntico BACORÃO, esta miss piggy...