• Ferreira Fernandes, A dívida grega e o mal português:
- «(…) Se o ministro holandês quer boas normas, boas contas e dar lições sobre o bom sistema capitalista (que o é, não conheço melhor) que venha a Lisboa. Esta é que está a precisar dele, apesar de lhe bater palmas incondicionais. E se houver confronto entre bicicletas, não lhe proponho riscos, é a Marques Mendes que o holandês deve pedir contas. Vocês sabem, aquele energúmeno condensado que numa noite de sábado, na SIC, se permitiu fazer o mais fundo ataque à maior invenção holandesa, a Bolsa.
Relembro. Mandatado por Passos, Marques Mendes foi à televisão anunciar, nas vésperas, o fim do BES. Parece que esse fim tinha de ser, não sei. Sei é que o tal Mendes, apesar da carreira feita num partido capitalista, foi um antibolsista primário. O bom banco, disse ele, tinha de ser extirpado dos maus. Os bons eram os trabalhadores do banco e os depositantes - "os que não têm culpa nenhuma", disse ele. E os maus, sublinhou, eram todos os que investiram, fossem milhões ou pequenas poupanças de uma vida. Repito, não sei se a solução para o BES podia ser outra, até porque o seu fim é a prova de que os tempos modernos não são para ser tratados como se vivêssemos tempos normais. Sei é que Mendes expressou, naquela noite, esta doutrina: investir no mercado de capitais é mau e deve ser castigado. Sei que ele disse que os pequenos investidores, além de ficarem sem nada, deviam ficar com um sentimento de culpa. (…)»
Mente pequena proporcional ao tamanho físico do liliputiano.
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ResponderEliminarcaga-tacos