• Magalhães e Silva, Tempos perigosos:
• Pedro Marques Lopes, Quer mesmo um Estado de direito:
- «(…) o episódio kafkiano, relatado, como fábula, pela advogada Paula Lourenço, de sequestro e violação de elementares garantias de Santos Silva, o amigo preso, e do seu advogado, alegadamente praticados por magistrados, já deveria ter dado lugar a que a Senhora Procuradora-Geral da República, puxando dos galões, promovesse a perseguição criminal dos responsáveis; e isto quando os indícios dados a público são mais fortes do que os que o público conhece relativamente à corrupção do ex-PM. Amanhã, serei eu; a seguir, Você, leitor.
A mensagem que a PGR tarda em mandar é de que garantias violadas levam, sem remissão, a provas nulas; e que perante a suspeita de crime, não há afilhados.»
• Pedro Marques Lopes, Quer mesmo um Estado de direito:
- «1- Na semana passada, escrevi neste espaço que se o texto que a advogada Paula Lourenço publicou na Revista da Ordem dos Advogados não levantasse, pelo menos, interrogações sérias sobre o estado da Justiça em Portugal, nomeadamente sobre o processo conhecido como Operação Marquês, algo estava errado.
As denúncias feitas pela advogada de Carlos Santos Silva, preso preventivamente no âmbito da dita operação, são de uma enorme gravidade. Percebo que haja quem pense que Paula Lourenço esteja a tentar defender o seu cliente da melhor forma possível, mas seria preciso estar completamente desprovida do mais elementar bom senso para fazer sem nenhum fundamento as acusações que faz. A advogada fala de interrogatórios ilegais, apreensões de diversos objetos sem mandado, negação de acesso a advogado, tratamentos desumanos; uma série de faltas de respeito pela lei e de abusos de poder que em qualquer país que se orgulhe de viver sob uma democracia liberal levaria, pelo menos, a que pessoas mais ou menos responsáveis pela comunidade viessem a público pedir esclarecimentos, que a opinião pública quisesse saber, ao menos, se havia alguma veracidade nas acusações feitas. (…)»
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