... durante seis meses |
A parte mais importante da campanha eleitoral é invisível: criar a percepção de que a situação do país melhorou, através de inúmeros expedientes. Desde o controlo férreo da comunicação social à distribuição temporária de dinheiros públicos para disfarçar a miséria que se multiplica, passando pela maquilhagem das estatísticas.
Neste contexto, arranca hoje mais uma iniciativa para camuflar o desemprego (e pressionar a descida dos salários de quem tem emprego): o programa «Reativar», com um orçamento de 43 milhões de euros. Destina-se a suportar, durante seis meses, até 80% do valor do estágio às pequenas e médias empresas que contratem desempregados com mais de 31 anos e que estejam inscritos nos centros de emprego há mais de um ano. As outras empresas poderão receber 65% do subsídio.
Os «estagiários» serão pagos abaixo das remunerações estabelecidas em contratação colectiva: entre 419,22 euros (abaixo do salário mínimo nacional, que é de 505 euros) e 691,7 euros brutos.
O gráfico aqui reproduzido ajuda perceber que o objectivo não é o combate ao desemprego, mas o de maquilhar a parcela de «inactivos» que conta para o cálculo da taxa de desemprego. É por isso que, tendo a duração de seis meses, o programa «Reativar» será desactivado mal estejam concluídas as eleições legislativas.
mais um saque de dinheiros públicos diretamente para os cofres dos empresários e uma medida que visa só as eleiçoes e que devia ser proibida de tomar por um governo de gestão, que devia praticar unicamente atos relativos à gestão corrente do país, mas as leis por estes indivíduos não são para serem cumpridas.
ResponderEliminar...será o contribuinte a pagar! E o custo dos produtos baixará na produção, mas ... como chegarão ao mercado ? Não acredito que tornem as empresas mais competitivas nos custos. Deveriam é ajudar as empresas nos processos e gestão e controlo dos mesmos. Assim será dinheiro deitado à rua...
ResponderEliminarE quantos milhões estarão a suportar esta situação , durante 6 meses ?