• Augusto Santos Silva, OS DESAPARECIDOS:
- «Um dos fenómenos, por um lado mais interessantes e, por outro, mais preocupantes desta campanha eleitoral é a quantidade de desaparecidos antes do combate que ela regista. De tal modo é que, no terreno, a dar luta à coligação dos partidos de direita e, portanto, batendo-se pela mudança do governo e das políticas temos apenas, praticamente, o Partido Socialista.
Registo pelo menos três tipos de desaparecidos. O primeiro é o chamado movimento social. Tantos precários, tantos indignados, tantos “Podemos” à nossa moda que já se exprimiam com estrondo no espaço público no tempo do último governo do PS, e ainda organizaram umas poucas manifestações e “grandoladas” – e parece terem-se dissolvido no ar, agora, logo agora, que é real e efetiva a possibilidade de operar a mudança política! Quem compara o clima social em que decorrem estas eleições com, por exemplo, o de 2011, não pode deixar de espantar-se com o silêncio e a ausência daqueles que, noutros momentos, se arvoraram a eles próprios no verdadeiro “protesto social”.
O segundo tipo de desaparecidos são as ações políticas dos partidos que costumam reservar para si mesmos a nobre qualificação de esquerda. Do PCP, para além da repetição quase diária de que PS e PSD seriam iguais, pouco mais se ouve do que afirmações rituais e burocráticas para marcar o ponto. A antiga energia transbordante do BE parece ter-se nos combates de antanho – e de braço dado com a direita – contra os governos socialistas. As outras forças continuam a falar apenas para o círculo muito estreito dos seus apaniguados e das suas desavenças.
O terceiro grande desaparecido é o jornalismo dito de investigação e a sua autoproclamada função de contrapoder. A agenda governamental – inaugurações e nomeações em pleno período eleitoral, visitas a isto e aquilo, maquilhagem de números, muita falinha mansa – passa no geral das televisões, das rádios e dos jornais sem nenhuma espécie de distância e escrutínio crítico. Quando não passa, passa futebol.
Esta desvitalização do espaço público, da extrema-esquerda e do dito “movimento social” dá bastante que pensar. Mas devo dizer que nem me surpreende, nem me assusta. Qualquer pessoa atenta sabe que, nos momentos críticos, nos momentos das escolhas sérias e com repercussões, quem fica frente a frente é a direita, de um lado, e a esquerda democrática, do outro. Também agora vai ser assim. E os eleitores que querem uma alternativa sólida e prática à direita sabem que, para que essa vontade se concretize, só têm uma escolha: escolher o PS.»
ResponderEliminarJá tinha saudades da clareza e frontalidade de Augusto Santos Silva!
Bom artigo.
ResponderEliminar100% verdade.
A propósito ou, se calhar a despropósito, ocorre-me a ideia de que , no debate do dia 22 onde, à falta de comparência do PSD/CDS - por cobardia , por espírito e práticas antidemocráticas - o PCP e o BE se vão lançar como gatos a bofe ao PS com a ajuda habitual dos senhores 'jornalistas' ao serviço dos ausentes (PSD/CDS). Preparem-se!
ResponderEliminarO Santos Silva está totalmente equivocado. O BE e o PCP têm apoiado as lutas contra este governo. O PS é que anda totalmente desaparecido.
ResponderEliminarPorque será que desapareceram?
ResponderEliminarE vocês, estão a precisar de reforços? Estão a precisar que alguém faça o que vocês não são capazes?
Chamem a cavalaria! Ou os marcianos!
Pois é mas os tiros no pé que o antonio costa e o ps andam a dar com uma frequencia quase diária, tb n ajuda muito!!!!!!! esta dos 207 mil empregos que afinal dependem das medidas a aplicar...Claro! Mas porquê a emenda? Pior que o soneto!
ResponderEliminarE já agora, um lencinho para limpar o rosto de tanto suor perante as câmaras de tv tn m fazia mal. O PS n tem assessores de imagem ou de imPrensa? Ninguem repara nisso? Acham q n tem importancia? n Viram o debate do Kennedy com o Nixon? Elementar....
ResponderEliminarTmabém desaparecidos;
ResponderEliminarOs homens da luta
Os deolindos
Cantautores como o tordo e outros
O nogueira com o professorado
E dentro do grupo dos furiosos manifestantes do tempo dos governos de Sócrates, destaco os professores que faziam grandiosas manifestações quase semanais, sob comando de Mário Nogueira. Por onde andam agora? Será que o Crato os hipnotizou?!
ResponderEliminarSenhor Professor, seja bem regressado (que o 'dono' do CC o traga aqui com frequência) e dê-lhes com força!
Espero também que comente a pretensão dos PAF's de que lhes permitam fazer batota no jogo dos debates.
Onde estava este pessoal corajoso (PS) nos tempos dos tribunais plenários? Ó Silva,deixa lá a esquerda e volta-te para a direita! A srª Merkel e o pássaro francês estão lá!
ResponderEliminarTenho 71 de idade .
ResponderEliminarNão me lembro de umas eleições depois do 25 de Abrilem que tenha sido tão violenta a falta de de respeito pelos eleitores.
Sejam eles de partido que forem.
O grau de afastamento geral dos portugueses é enorme,
Numa total ausência democrática,PERGUNTO-ME
ONDE ESTÃO OS DEMOCRATAS DO MEU PAIS??
São poucos aqueles que não tem medo é a espinha não verga
Termino como comecei....tenho 71 anos de idade e a desilusão DO MEU PAÍS E GRANDE
VOU VOTAR E COMTRIBUIR MODESTAMENTE COM O MEU VOTO .....
TENTAR QUE ADEMOCRACIA NÃO MORRA,,
TALVEZ??
O Santos Silva está a candidatar-se a bobo da corte socialista. Se não fosse ridícula, teria piada a afirmação de que só o PS está no combate. Só se ele quer dizer que apenas o PS está no combate porque se combate entre si e desperdiça energias em proto candidaturas presidenciais só para se chatearem uns aos outros. Aposto que nem ao espelho o santos Silva se acabaria piada, por isso o melhor é poupar-nos.
ResponderEliminarQue a direita tente fazer esquecer este quatro anos, não é de admirar, agora que os apoiantes do PS façam exactamente o mesmo, já é demais. Onde tem estado o PS durante este quatro anos... desaparecido... A única atitude digna de registo, e pelos piores motivos, foi a negociata entre o Seguro e o Passos Coelho na altura da demissão do Paulo Portas, se não fosse o Soares ter ameaçado abandonar o PS , teríamos hoje um governo PSD apoiado pelo PS, se isto é lutar contra as políticas da direita vou ali e já venho.
ResponderEliminarO Augusto Santos Silva ao escrever desta maneira faz lembrar o ditado popular: Agarrem-me que vou-me a eles.......mas hoje não que está calor.
ResponderEliminarCom este PS a direita pode dormir descansada .
também desaparecida a vigilância e denúncia por parte do PS dos processos de intenção da TV do militante nº 1 que ao anunciar os famosos 207 mil novos empregos associou logo aos 150 mil de Sócrates
ResponderEliminarOS APOIANTES DO PCP E BE QUE CONHEÇO,NÂO ATACAM NEM CRITICAM ESTE GOVERNO MISERÀVEL,MAS ATACAM,COM FORÇA,O PS.E ESTA,HEM?!O MARIO NOJEIRA CALOU_SE,SERÁ QUE JÁ TEM UM TACHO? AGORA NÃO ME ADMIRO DO DERRUBE DO GOVERNO DE SÓCRATES PELA COLIGAÇÃO PSD/CDS/PCP/BE!!!!!!ATÉ VER,CAMARADAS!CHAU....!!!!
ResponderEliminarÓ anónimo das 2.40 da tarde,
ResponderEliminarCaro inteligente, então e o Soares, que diz ter evitado o acordo seguro-passos, é de que partido, lembra-se?
E quem e que partido, depois correu com seguro, precisamente, por essa e outras tendências semelhantes, lembra-se?
E quem sustentou com deputados (que outros recusaram) a obrigação de levar ao TC a constitucionalidade do brutal corte "definitivo" nas pensões e vencimentos da FP o que salvou tais brutais cortes, lembra-se?
Falar, falar, falar só faz baba que deixa com mau aspecto o palrador.
Não podemos escamotear que as politicas dos últimos 40 anos nos levaram ao ponto em que estamos, não culpe o PCP ou o BE por isso, porque esses foram sempre contra essas politicas. Gosto de ouvir Augusto Santos Silva e é uma pena que ele tenha sido saneado da TVI24, mas verdade seja dita, também nunca o vi preocupado em exprimir preocupação por não existirem vozes alternativas ao bloco central naquela estação de tv, ou mesmo noutras, porque o que vemos é o centrão com algumas exceções, sendo o PCP (o dono de todos os males) o menos representado nessa tribuna.
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