sexta-feira, novembro 27, 2015

Uma ministra para a história


• Fernanda Câncio, Uma ministra para a história:
    «(…) E se assim o senti, suponho que os negros portugueses - essa categoria constitucionalmente interdita, já que a lei fundamental proíbe a anotação ou a contabilidade nessa matéria - o terão sentido também. Mas, li ontem várias vezes e vindo de várias vozes, falar na cor de Van Dunem é errado e reforça a discriminação: o que interessa é a qualificação para o cargo. O mesmo foi dito em relação aos secretários de Estado Ana Sofia Antunes e Carlos Miguel, ela cega e ele de ascendência cigana. Percebo a preocupação, mas não concordo. Sim, deveria ser natural e normal ver negros no governo, como deficientes e ciganos; deveria ser normal termos muitas mulheres nos executivos. Mas não tem sido; não é. Daí que faça sentido relevar quando sucede; daí que seja tristemente inevitável contar o número de mulheres. Sabendo distinguir entre a absoluta grosseria de um Correio da Manhã que titula "Costa chama cega e cigano para governo", reduzindo as pessoas a uma classificação puramente discriminatória e até chocarreira, e os jornais que fizeram jornalismo. E fazer jornalismo é dizer, proclamar, festejar isto: ontem fez-se história. E foi muito bom.»

9 comentários :

  1. Muito bem Fernanda Câncio. A humanidade já chegou a um ponto extremo de exploração/discriminação do homem pelo homem, em todos os sentidos, por isso, ao confrontar-me com o que aconteceu na formação deste governo, quase que nem acredito, mas, na realidade fico muito esperançado que algo vá mudar... e para sempre, para melhor!!!
    Viva Costa, viva Sócrates, viva o PS socialista, não social-democrata, viva a mudança para um país melhor e solidário - fora de vez com os criminosos que nos (des)governavam do PSD/CDS!!!
    MCTorres

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  2. E X C E L E N T E! Faço também minhas as palavras desta grande jornalista. M.

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  3. Eu adorei vêr a Drº Francisca a assinar o "kolamaso" - por natureza e por razões familiares eu gosto dos Africanos - espero que a drª Francisca faça um bom trabalho.

    Zé da Adega o da esperança

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  4. Nem comento os títulos como o do CM nem comento os comentários. Não comento. Sinto que seria dar mais força ao que não quero que exista ao que quero que já não exista.

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  5. É tão discriminatório diminuir com enaltecer o circunstancialismo.
    O facto que subsiste é que são minorias e por esse facto menos provável que façam parte do que quer que seja.

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  6. Excelente Fernanda Cãncio!

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  7. Miguel, amigos e vizinhos do bairro do CC, eu que estive rodeado de papéis durante toda aquela tarde, deixo um pedido: alguém pode destacar, ou linkar se existir já, esses fragmentos do vídeo da tomada de posse descritos pela Fernanda Câncio sobre a ministra Francisca Van Dunen?

    Francisca Van Dunem, uma surpresa no Governo de Costa (isto é o que de melhor encontrei no Google Vídeos)
    www.rtp.pt/noticias/politica/francisca-van-dunem-uma-surpresa-no-governo-de-costa_v876862

    «Daí que ontem me tenha surpreendido a comoção com que vi Van Dunem, com quem nunca na vida falei, a avançar, de forma que me pareceu particularmente altiva (imperial, apetece dizer), para a declaração e a assinatura.»

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  8. passos coelho chama um paneleiro para menistro dos estrangeiros e um sociopata para menistro das finanças do seu guverno

    (manchete não feita do correio da manha, em Junho de 2011)

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  9. ÚLTIMA HORA

    passos coelho chama uma loira burra e alcoólica para menistra da justissa, uma nulidade para menistro da Economia (o álvarinho) e um intrujão, como ele (o relvas), para menistro dos assuntos parlamentares do seu guverno

    (manchete não feita pelo correio da manha em Junho de 2 011)

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