sexta-feira, outubro 28, 2005

— Ó filho, não vês que eu estou a despachar?

Image hosted by Photobucket.com


“A independência dos tribunais judiciais é garantida pela existência de um órgão de gestão e disciplina da magistratura judicial (…)”. Esse órgão é o Conselho Superior da Magistratura (CSM).

Acontece que o CSM, que, ao mesmo tempo que garante a independência dos tribunais, tutela a magistratura judicial, estava ontem esfusiante:

E para que se acredite nesta proeza dos juízes, o CSM afiança: “Muitos advogados vão ser notificados nos próximos dias dos despachos elaborados nos dois dias de greve, mas com datas diferentes”.

Entretanto, o Ministério da Justiça reafirmou ontem que ninguém controla o trabalho dos magistrados, querendo dizer que não tem como obter dados sobre a adesão à greve.

Este quadro absolutamente insustentável suscita duas questões:

    • Quando processar os vencimentos no final do mês, o Ministério da Justiça dispõe-se a informar os cidadãos da percentagem de magistrados aos quais foi efectuado o desconto por terem aderido à greve?
    • Tudo aquilo a que se vem assistindo no âmbito da justiça (e todos os dias nos chegam, pelos media, relatos de situações inexplicáveis) demonstra que o CSM (ou pelo menos o Conselho Permanente) é tão-só o porta-voz de uma corporação, pelo que, mais tarde ou mais cedo, terá de ser dada resposta a esta questão — "Quem julga o julgador?"

Adenda — O post certeiro de Pedro Magalhães, que transcrevemos aqui, deixou o José num pranto. Como de costume, o José falou, falou… mas atirou ao lado. A forma empenhada como o CSM… aderiu à greve prova que Pedro Magalhães tem razão.

71 comentários :

  1. Isto é gente séria, pergunto ?

    ResponderEliminar
  2. Para umas coisas são órgãos de soberania, agora para outras... Que irresponsabilidade, que vergonha, que descaramento, querem fazer de nós parvos. Como se estes estafermos estivessem a trabalhar nos dias de greve. Alguém agredita ? E ainda tivessem que o anunciar. Falta de respeito é o que é.

    ResponderEliminar
  3. Mamões. Apenas isso, Mamões.

    ResponderEliminar
  4. Hi Hi, cá estou à espera para ver esses despachos com datas diferentes.

    ResponderEliminar
  5. O quê? Não pára em Gaia? Nem vai para Pedras Rubras?

    ResponderEliminar
  6. Palermas, não vêem que eles querem é não descontar dos chorudos vencimentos dineiro dos dias de greve. Um escândalo.

    ResponderEliminar
  7. E têm pés de barro. Pés de barro ? Pés de merda.

    ResponderEliminar
  8. 95% estiveram a trabalhar em casa nos dias de greve, para o CSM! Extraordinário. Abrantes, essa é te tirar o chapéu. Agora é que te metem aqui o Antunes Varela Anotado e Comentado.

    ResponderEliminar
  9. Será a isto que se chama uma greve remunerada ?

    ResponderEliminar
  10. Cada um tem a magistratura que merece!

    ResponderEliminar
  11. Afinal o CSM não é um órgão independente ? São eles que qualificam a adesão à greve "em massa" ? Ah, falam de MASSA. Desculpem, já percebi tudo.

    ResponderEliminar
  12. Olhem só a porrada do Pedro Magalhães, no seu Blogue, dá no JOSÉ:

    Adenda: josé, na Grande Loja do Queijo Limiano, tece algumas críticas a este post. A não perder, mas não pelas razões que ele julga. O josé manifesta aqui e ali grande indisposição com o facto de eu ter usado este meu blogue, dedicado a sondagens e opinião pública, para transmitir aos leitores uma opinião pessoal sobre o funcionamento e organização interna do poder judicial. Parece que não só procurei "cercear o poder judicial e arreatar o exercício da sua independência" (mais um canalha), como também o fiz violando os estatutos editorais desta publicação. Estou mortificado. Mas quanto à minha suposta ignorância de "sapateiro" sobre estes temas, algo me diz que o josé não terá feito todo o trabalhinho de casa antes de escrever o seu delicado post...

    ResponderEliminar
  13. Estes magistrados, bando de badamecos. Estou revoltado.

    ResponderEliminar
  14. Agora se percebe por que em greve ou não, mesmo em casa, o trabalho deles é sempre o mesmo.

    ResponderEliminar
  15. Donas de casa, são umas donas de casa.

    ResponderEliminar
  16. Esta frase do CSM é para os anais da história da justiça e da luta da classe operária em Portugal.... Devia aparecer amanhã em tudo o que são citações e excitações de jornais.

    ResponderEliminar
  17. Só houve um magistrado que não ficou em casa a trabalhar, foi o Cluny, que teve de ir a Genebra! E como foi em distinto serviço sindical, se calhar ainda recebe os dias de greve. Haja honra e decoro.

    ResponderEliminar
  18. Os juízes que terão estado nas suas casas a trabalhar nos dias de greve vão FALSIFICAR as datas dos despachos para que não coincidam com as da greve?

    ResponderEliminar
  19. Pelo estado da nossa justiça até achava que os nossos juízes eram rapazes pacatos, mas quando os mudaram para a ADSE (que eles dizem que é mais ou menos o mesmo)ficaram ferozes. Será mesmo mais ou menos igual o nvo sistema de saúde ?

    ResponderEliminar
  20. Como é, ó Costa, estes palhaços ainda vão receber pelos dias de greve ?

    ResponderEliminar
  21. Desculpem, eu acredito e defendo ainda na nossa magistratura, apesar de não ser magistrado. Expliquem lá isso.

    ResponderEliminar
  22. Agora a questão é grave: se a maioria dos juízes trabalhou nos dias de GREVE, ENTÃO AINDA VÃO TODOS RECEBER HORAS EXTRORDINÁRIAS.

    ResponderEliminar
  23. Abrantes, espertinho como és, e informado com estás, mete aí os ordenados de Outubro dos Juízes, que nós sabemos fazer as contas. Logo se vê e os dias de greve foram pagos ou não.

    ResponderEliminar
  24. ATENÇÂO comentaristas, estão a pôr em causa a independência e autonomia judiciais.

    ResponderEliminar
  25. Não são contra o novo sistema de saúde, mas pela independência; estão em greve, mas trabalham; trabalham, mas não recebem... fumam mas não inalam.

    ResponderEliminar
  26. Miguel Abrantes, sacaste um excelente comunicado, digna de uma comunicação oficial do ESTADO NOVO.

    ResponderEliminar
  27. Estes gajos são diferentes, nós é que não entendemos:
    - quando trabalham, não se nota;
    - quando fazem greve, trabalham;
    - quando fazem greve, recebem;
    - são soberanos e fazem greve;
    - fazem greve mas não podem ser requisitados.

    ResponderEliminar
  28. É como diz o Cluny, é preciso manter o equilíbrio entre os direitos e os deveres!

    ResponderEliminar
  29. Como é esse equilíbrio, não trabalham e recebem ? Isso também eu queria.

    ResponderEliminar
  30. Ó anónimo, podes sempre ir para juíz, mas por agora terás de ser mais subtil: eles afinal trabalham, só que ninguém dá por isso. Deve ser o trabalho doméstico.

    ResponderEliminar
  31. Não devem abandalhar a questão porque o assunto é serio.O Miguel Abrantes já nos explicou que esta gente foge ao Fisco porque não paga impostos sobre o subsídio de habitação. Eles (em causa prórpia)defenderam que não. Não é subsídio de habitação, mas de compensação. (FORAM INDEPENDENTES ?) Agora fazem greve para as televisões e vêem afinal dizer que trabalharam para não lhes descontarem o vencimento ? Mas um Conselho de Magistrados ou de Magistratura é Independente ?

    ResponderEliminar
  32. Compreendo os nossos juízes. Se recebem o subsídio de residência de 700 € por mês, por que razão não hão-de, nos dias de greve, trabalhar em casa ? Afinal, sempre sabem aproveitar o dispêndio de dinheiro público.

    ResponderEliminar
  33. Foi uma greve magistral (de magistrados) sem desconto salarial.

    ResponderEliminar
  34. Ó Anónimo, olha que estás a pôr em causa a INDEPÊNCIA.

    ResponderEliminar
  35. Querias dizer INDEPENDÊNCIA ou INDECÊNCIA ? As duas dão.

    ResponderEliminar
  36. Olha que o Cluny ainda vai fazer queixa à ONU.

    ResponderEliminar
  37. Pedófilos, vão mas é todos apanhar no cu.

    ResponderEliminar
  38. Para seres verdadeiramente INDEPENDENTE tens de fechar os olhos porque a justiça é cega

    ResponderEliminar
  39. Cega, surda, muda e paralítica quando não estão em causa os direitos deles.

    ResponderEliminar
  40. DEixem-nos trabalhar ... em casa...

    ResponderEliminar
  41. Alterar as datas de despachos em dia de greve para outro dia qualquer é CRIME DE FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO AUTÊNTICO POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO previsto e punido no Código Penal, com pena de 1 a 5 anos de prisão (artº 256º, designadamente o seu nº 4). QUEM OS PROCESSA? O "gato constipado"? Eh!Eh!Eh!

    ResponderEliminar
  42. Greve igual a trabalho de casa? Está tudo maluco ( a propósito não é possível mais umas consultas de psiquitria?)

    ResponderEliminar
  43. Mas tu não sabes o que são ficções jurídicas? Para mamarem os gajos não precisam de formação contínua.

    ResponderEliminar
  44. Precisavam era de avaliação contínua para serem responsáveis pela merda que fazem, ou não fazem

    ResponderEliminar
  45. Mas eles por acaso sabem o que são ficcões ?

    ResponderEliminar
  46. Pró que lhes convém sabem-na toda.

    ResponderEliminar
  47. Não misturem a magistratura. O Ministério Público assume por inteiro que fez greve com todas as consequências que isso possa ter na folha de pagamentos.

    ResponderEliminar
  48. Eh Pá, respeitem os gajos que ficaram em casa a trabalhar. Aquilo dos 95 % era só para não serem pressionados pela televisão ou pelo sindicato. O que é importante agora é o ordenado vir por inteirinho. Sempre amigos.

    ResponderEliminar
  49. Eu no meu caso é mais, espera aí filho que a mãe do Miguel está a acabar de me fazer um broche

    ResponderEliminar
  50. Temos de ser justos: se calhar ninguém notará mesmo a greve na demora dos processos. Tudo normal.

    ResponderEliminar
  51. O povo é sereno e saberá aguardar. Mas é preciso saber se fizeram greve, se trabalharam ou se vai dar tudo ao mesmo

    ResponderEliminar
  52. Não fizeram greve. Foram marcar a consulta da ADSE.

    ResponderEliminar
  53. Será que esgotaram as 8 consultas de psiquiatria?

    ResponderEliminar
  54. Por isso é que ficaram em casa a descansar o cérebro?

    ResponderEliminar
  55. Cansados de quê? Das prescrições? Dos processos que demoram anos? É preciso lata.

    ResponderEliminar
  56. Vocês não são nada compreensivos. Ficaram em casa no ÓCIO CRIATIVO. Senão como é que se lembravam das ficções de greve trabalhal igual a trabalho salarial.

    ResponderEliminar
  57. Agora compreendo a bandalheira a que chegou a nossa Justiça.

    ResponderEliminar
  58. Isto é um insulto para aqueles que trabalham.

    ResponderEliminar
  59. É verdade que o sindicato deles fez uma circular a dizer que não tinham de comunicar a greve antes ou depois? Já se esta ver porquê...

    ResponderEliminar
  60. É melhor ver no blogue do Pacheco. O gajo agora é o porta mensagens.

    ResponderEliminar
  61. Eu bem dizia que o PP também se saiu um verdadeiro artista português. Especialista em cosmética e contorcionismo´.

    ResponderEliminar
  62. Não se metam com o Pacheco, o gajo é pago para dizer coisas... Respeitem o trabalhinho do homem - esse até trabalha em casa.

    ResponderEliminar
  63. Como é que o Conselho dos Magistrados sabe que eles ficaram a trabalhar em casa.

    ResponderEliminar
  64. São estes tipos que julgam os outros?????????????

    ResponderEliminar
  65. E o mais grave é que também se julgam a si próprios.

    ResponderEliminar
  66. work home. devem ser isto a informatização da justiça.

    ResponderEliminar
  67. oh filipe porquê ? és doutor juiz para estares assim tão enojado ?

    ResponderEliminar