O melhor é reler os posts incluídos na “Mala Diplomática”, cujos links estão disponíveis na coluna da direita. Depois, para actualizar a informação sobre as remunerações dos diplomatas, pode consultar-se o artigo hoje publicado no Correio da Manhã, do qual transcrevemos a seguinte passagem:
“Os diplomatas portugueses não têm razão para se queixar dos rendimentos de carreira que auferem por mês. De embaixadores a adidos, os vencimentos são chorudos e só em abonos compensatórios podem oscilar entre os sete mil e os 15 mil euros.
A este subsídio acresce ainda, segundo documentos referentes a 2005 a que o CM teve acesso, o salário base, que varia entre 1481 euros para adidos e 4030 euros para embaixadores. Feitas as contas, um diplomata no topo de carreira pode auferir 20 mil euros por mês, enquanto o rendimento mensal de um adido poderá ascender a 12 mil euros.
(…) E os abonos estarão isentos do pagamento de impostos.”
Viciado sofre...esperar pela hora do almoço para escrever isto!
ResponderEliminarMelhor fora nada.
Há aqui uns cães rafeiros sempre à coca. Larguem a braguilha do homem e comentem decentemente. Porra!
ResponderEliminarOs abonos não estão isentos de impostos pois ainda há um princípio da legalidade fiscal e a lei nada dispõe em matéria de isenção. O que há é fraude praticada pelos serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros e pelos diplomatas. Para quando uma actuação do sr. secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, ele próprio beneficiários dos ditos abonos durante muitos e bons anos? Ah! É por essa razão que não houve fiscalização pela DGCI? Pobre país. País?
ResponderEliminarCaro Miguel Abrantes,
ResponderEliminarConfesso que o tinha em melhor conta. O "artigo" publicado no pasquim Correio da Manhã não passa do habitual chorrilho de alarvidades demagógicas "vêem, há uns gajos que ganham muito...".
Primeiro, começam por afirmar que os 48 conselheiro e adidos cujos contratos foram rescindidos ultimamente eram "diplomatas". Não eram tal. Apenas se trata de pessoas, com ou sem vínculo à Função Pública, que foram nomeados por decisão Ministerial (sabe-se lá com que critérios... adiante) para prestar serviço em Embaixadas, Consulados e Missões. Têm um regime legal próprio.
Depois, colocam uma lista completa dos vencimentos que são auferidos pelos diplomatas, esquecendo-se (curiosamente...) de referir que se trata de remunerações iliquidas.
Depois, pegam nos valores mais altos dos abonos, e fazem o título.
Quanto aos abonos, que apenas são auferidos por diplomatas quando em serviço no estrangeiro, convirá relembrar que, salvo no caso específico dos embaixadores, que têm residência oficial (como em qualquer diplomacia), aqueles terão de servir para as rendas de casa, despesas correntes, sustento do cônjuge (ou pensam que os cônjuges dos diplomatas arranjam emprego no estrangeiro?).
Os valores mais altos referidos no CM aplicam-se em Espanha. Cada país tem valores diferentes, pelo que não se podem fazer generalizações.
Não são tributados, queixam-se as virgens ofendidas? Pois não são, mas se fossem, como é que as pessoas sobreviviam? Experimentem viver em Paris, Londres ou NY com metade dos valores ali referidos (após tributação)... talvez debaixo da ponte, a apanhar comida no lixo...
Saberá o caro Abrantes que estes valores não são actualizados desde 1994? Eu já referi,noutro comentário, que não me importo de ser tributado pelos abonos - mas então que os dupliquem!!
E já agora permito-me acrescentar o seguinte - sem demagogia, e comparando com outros diplomatas da União Europeia, os portugueses são mal pagos. Os valores liquidos auferidos por um diplomata espanhol (mesmo por um brasileiro...) são o dobro, e os italianos chegam a receber por vezes 5 vezes mais. São factos. Da UE 15, só os gregos recebiam valores similares.
Não se confundam as coisas, e não se entre em demagogia barata. Como se pode observar pelos valores das pensões auferidas pelos diplomatas, se os abonos não são tributados, também não contam para a reforma, o que é de elementar justiça...
Gostei do post aí de cima que me esclareceu acerca de algumas questões que desconhecia em absoluto.
ResponderEliminarNo entanto permito-me recomendar-lhe algum cuidado quando fala em demagogia.
É que eu sou bancário, trabalho num banco espanhol aqui em Portugal, e ganho exactamente metade do meu colega que exerce as mesmas funções que eu na delegação de Tui.
Tudo isto para lhe dizer que todos os portugueses sérios e honestos ganham menos que a maioria dos seus colegas europeus nas mesmas situações.
Ao querido anónimo defensor de diplomatas,
ResponderEliminar1. Facto: a lei não prevê isenção de tributação dos abonos e subsídios, logo a sua não declaração constitui fraude fiscal.
2. Facto: a maioria dos srs diplomatas não percebe (nem quer perceber) a ponta de um corno dos dossiers técnicos com que por vezes, em dias maus, tem de lidar. Adivinhe quem, lhes explica os assuntos? Adivinhou, os técnicos do quadro externo, os tais que agora convém defenestrar...
3. Facto: tem alguma ideia de qual é a avaliação da utilidade e valor acrescentado da diplomacia portuguesa (sem ser a política de distribuição de rendimentos pelos filhos e netos dos saudosos do pré 25 de Abril)?
Um pouco de seriedade intelectual ficar-lhe-ia a matar mas seria uma novidade. Parabéns pela defesa da seita estou certo que terá uma progressão fulgurante na carreira!
Ao último anónimo,
ResponderEliminarComo não tenho por hábito descarregar fel em todos os comentários, a resposta encontra-se na caixa de comentários do post "a palavra aos leitores". Se fizer a fineza...