terça-feira, fevereiro 11, 2014

A vingança serve-se fria

Vai ser lançado um livro que recolhe as opiniões de Vítor Gaspar. O inner circle de Passos Coelho (e os economistas do PSD, em particular) não fica bem na fotografia: “Na primavera de 2011, tive a iniciativa de procurar Eduardo Catroga porque me parecera que a nível político, no PSD, havia uma consciência muito imperfeita sobre como funcionavam negociações financeiras internacionais e como se podia consolidar a credibilidade junto dos mercados de obrigações. Achei que estas duas dimensões do processo estavam mal compreendidas. Vira qualquer coisa na televisão que me parecera errada e pensei: o melhor é tentar corrigir isto depressa, porque este erro de perceção pode ser custoso para o país”.

Vítor Gaspar confirma que Passos Coelho não fazia ideia do que andava a fazer. O que não se sabia era que os seus conselheiros económicos (Catroga e, porventura, Nogueira Leite) não o ajudavam muito.

Entretanto, Catroga já estrebuchou: “Ele não deu assim nenhuma contribuição relevante. Portanto, não deu nenhuma contribuição inédita, digamos assim, nada de inovador, que já não estivesse no programa eleitoral do PSD.” E não se esquece de referir que Gaspar foi uma segunda escolha: “Para ministro das Finanças, Passos Coelho concentrou-se primeiro noutra alternativa e depois é que se lembrou do Vítor Gaspar.” E à primeira vista, ideia do próprio Catroga: “A brincar, até disse a Passos Coelho que 'o Vítor Gaspar é um homem com características para as Finanças'.”

Outra curiosa reflexão de Vítor Gaspar respeita a Cavaco Silva. Sabendo-se que a sua tese de doutoramento assenta sobretudo em citações colhidas em manuais e não nos livros originais, eis a cínica farpa de Gaspar ao “compêndio”: “Era um professor pouco comunicativo que não cultivava um contacto de proximidade. Dava aulas por um livro da sua autoria, um compêndio muito bem organizado, que segui com muito rigor”.

5 comentários :

  1. receitas da tia aviddez, semana do gaspacho requentado

    ResponderEliminar
  2. Tudo farinha do mesmo saco.
    Metem nojo!

    ResponderEliminar
  3. Tudo essa gente, incluindo a "escritora" é tudo MERDA.

    ResponderEliminar


  4. Eis uma frase que define uma grande inteligência: "vira qualquer coisa na televisão que me parecera errada".


    Lendo o livro inteiro (safa!) - e a avaliar pela colectânea de inanidades seleccionada pelo jornal "lincado" -, ficar-se-á decerto com um painel muioto mais composto deste tipo de frases, que ajudarão a definir melhor não apenas um cérebro "de eleição", como um carácter de consistência profundamente gelatinosa e, mais ainda do que isso, um espírito "requintado".


    E pensa esta criatura que vai ser ela a iniciar a narrativa crítica e histórica do passismo, uma pulga com catarro.


    Um verdadeiro dó-de-alma, este indigente.

    ResponderEliminar