Os comentários de pessoas como o Carlos e o Manuel, acerca da reunião entre o primeiro-ministro, o ministro das Finanças, o ministro da Justiça e o procurador-geral da República, só podem resultar de eles não compreenderem o que é a separação e a interdependência de poderes e autonomia do Ministério Público.
O Ministério Público é um corpo da Administração Pública e também uma magistratura autónoma. É o titular da acção penal, que exerce em nome do Estado. É também advogado do Estado. Defende a legalidade democrática (artigo 219.º da Constituição). A autonomia do Ministério Público, como ensina toda a doutrina do direito processual criminal, de Jorge Figueiredo Dias a Germano Marques da Silva, não é sinónimo de independência.
Quem conduz a política geral do país é o Governo. Por isso, o procurador-geral da República pode ser convidado para órgãos como o Conselho Superior de Segurança Interna ou o Conselho Coordenador dos Órgãos de Polícia Criminal, que são dirigidos pelo primeiro-ministro ou por ministros.
O papel do procurador-geral nesses órgãos não é receber ordens sobre processos, mas inteirar-se das orientações políticas quanto à segurança e à investigação criminal.
Num caso em que a banca portuguesa está sob suspeita, seria irresponsável um governo que não procurasse perceber as implicações das investigações criminais na actividade financeira e na vida económica do país.
Isto não quer dizer que o Governo se possa imiscuir no processo, sugerindo, por exemplo, buscas, escutas ou acções encobertas. Saber se os meios existentes são suficientes ou se se justifica um reforço para que a investigação seja rápida e bem sucedida é qualquer coisa que cabe claramente na competência do Executivo, porque é este que confere ao Ministério Público os meios necessários.
Carlos e Manuel, eu só vejo como irresponsáveis nesta história toda os incontinentes verbais (sabem quem são, não sabem?) que anunciaram antecipadamente o interrogatório dos banqueiros, avisaram as televisões das buscas, comunicaram com dias de antecedência a alguns bancos que os iriam visitar e por aí fora…
É verdade que, na cabeça destes linguarudos incorrigíveis, a reunião foi muito negativa:
• Em primeiro lugar, porque é capaz de ter mostrado que há por ali gente a não fazer nada;
• Em segundo lugar, porque, em geral, os intriguistas atribuem aos outros o que fariam eles próprios se estivessem no seu lugar.
Quero crer que a situação mudou. Para citar um político conhecido, que alguns em tempos veneraram, estes linguarudos são agora folhas secas, caídas, que esperam que uma alma caridosa varra para o carrinho do lixo.
Só um comentário que posso ser suspeito nesta matéria e não quero, para já, aqui meter nem prego nem estopa:
ResponderEliminarÉ enternecedor, ler aqui, uma profissão de fé na harmonia celestial entre deus e os anjinhos desta história.
A ingenuidade em demasia tem um preço: descrédito.
Fico por aqui,portanto.
Este Abrantes é realmente um grande pau mandado do governo.
ResponderEliminarE estamos nmós a pagar isto (os pagamentos devem sair daqueles milhões para propaganda de que se falou há uns tempos nos jornais).
Os meninos do coro, manel , carlos, eduardo e mais alguns, acompanham bem o resto da orquestra, desafinada é certo, mas cujo maestro cluny o “ratazana” procura assegurar a afinação dos instrumentos que utilizam. Estamos a verificar que o uso prolongado de certas pautas estão a falhar nos tons mais graves. Começam a tocar cada um para seu lado, o que me permite adivinhar que o fim desta orquestra deve estar com os dias contados. È pena, o cluny o “ratazana” é um animal repelente e de esgoto, porque eu até gostava de algumas das suas músicas, apesar de estarem ultrapassadas.
ResponderEliminarNota-se a presença de novos rostos na empresa, dão a cara por conta dos encarapuçados, dos vermes que mixordeiram no interior do MP, autênticos marionetes a mando daqueles que querem direccionar a justiça ao serviço dos seus obscuros interesses e amiguinhos.
Espero que o novo PGR ponha estes srs. a trabalhar, mostrar serviço eficiente, o que não acontece, e que os resultados comecem a surgir. È uma exigência nacional. Quem assim não pensar deve pura e simplesmente ser colocado na RUA. Nestes lugares não se deve permitir a negligencia, a corrupção, o compadrio, o desleixo a falta rigor, etç.
Kavako
Ter Nov 21, 05:20:53 PM
este kavaco é mesmo bom a bomitar molhelhos de cavelos
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