Tal como a lei anterior previa, os dirigentes da Administração Pública caíram com a mudança de Governo. Alçada a direita ao poder, o Governo de Passos Coelho & Portas aproveitou a situação para nomear a sua tropa-fandanga, que se mantém em regime de substituição até à abertura de concursos.
A circunstância de esta gente ter ocupado os cargos disponíveis dá-lhes à partida vantagem em relação a outros eventuais candidatos aquando da abertura dos concursos. Mas, como o seguro morreu de velho, os membros do Governo elaboraram os “perfis” dos cargos a prover com a fotografia dos candidatos que querem ver a ocupar os lugares. O Diário de Notícias dá alguns exemplos:
- • Para o preenchimento do cargo de subinspector-geral da Inspecção-geral de Finanças, a Miss Swaps valoriza a experiência profissional anterior na “prestação de apoio técnico especializado aos membros dos gabinetes do Ministério das Finanças”, ou seja, alguém do próprio inner circle da substituta de Vítor Gaspar;
• Para o preenchimento das vagas de vogais do Instituto Português do Desporto e Juventude, o secretário de Estado do Desporto e da Juventude valoriza a experiência profissional de quem tenha exercido “cargos de dependência directa de membro do Governo”;
• Para o preenchimento do cargo de vice-presidente do Instituto de Informática do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Mota Soares — esse mesmo, o corta-pensões — impôs como requisito o “conhecimento, assessoria e participação em negociações relativas à adequação e cumprimento do memorando de entendimento” e “experiência de gestão e implementação do plano de emergência social”, ou seja, alguém que trabalhou de perto com o próprio Mota Soares.
Para se ter uma ideia da rebaldaria em curso, atente-se ao facto de o presidente da CReSAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública), com poderes meramente consultivos, ter detectado que “cerca de 50% dos perfis” definidos pelos membros do Governo continham “erro grosseiro ou algo que para o júri cheire a fotografia”, admitindo o citado dirigente que “não sabe quem está a ocupar os cerca de 400 lugares de direcção superior na administração central do Estado e admite poder em um caso ou outro não ter todas as condições para evitar totalmente a fotografia”.
br>Muito em breve, estarão providos centenas de cargos dirigentes na Administração Pública, parte dos quais em resultado de uma selecção condicionada por estes artifícios. Com um pormenor relevante: a sua nomeação é feita por um período de cinco anos, durante o qual não podem ser removidos. Assim sendo, serão boys de Passos & Portas a dirigir no Estado a aplicação do programa do Governo que resultar das próximas eleições legislativas.
PS — A CReSAP avaliou também 370 nomes designados pelo Governo para a gestão de empresas públicas, manifestando “reservas” em relação ao perfil de 23 pessoas e houve mais cerca de meia centena considerados “adequados, como limitações”, o que quer dizer que precisavam de alguma formação específica para desempenhar o cargo. Estão recordados do caso do FAL, que chumbou como candidato proposto pelo Governo para a presidência de um banco de desenvolvimento, tendo acabado por ser aceite com o estatuto de estudante-administrador?
Só falta os concursos definirem o nome do candidato.
ResponderEliminarPOis... e para que não vá o caldo sair entornado, à cautela, a dietora do CD SS de Lisboa, foi recrutada, nessa qualidade (!?) para apoiar o motard.
ResponderEliminarhttp://dre.pt/pdf2sdip/2014/01/016000000/0245602456.pdf
Masi, com a
remuneração que vinha auferindo e que continua a ser suportada pelo
serviço de origem – União das Misericórdias Portuguesas.
Que mãos largas. Paga pela União das Misericórdias? Será?
Saludos
ResponderEliminarNÃO PODEM SER REMOVIDOS??! Cá para mim, acho que isso dependerá do "meio" de remoção.
É que esta gentalha está mesmo a pedi-las!!
Não podem ser removidos UMA OVA!
Não sei onde está admiração. Há já cerca de dois meses pelos lugares que vinham sendo preenchidos se verificava que o governo já estava na fase de preencher lugares para precaver o futuro... Não há que espantar... E depois chamem-lhes incompetentes (só se for noutras matérias) Eles, governo , sabe claramente o que quer com este armadilhamento da Função publica e também da TROPA ( creio que agora á partir de capitão já tem que passar pelo filtro do governo !
ResponderEliminarIsto é uma vergonha nunca vista!!!!
ResponderEliminarIsto é um caso sério. Esta corja apresenta-se de "pin na lapela", mas eu já começo a interrogar-me se eles não serão "marcianos" vindo de outro planeta com a missão de tomarem de assalto a totalidade do Estado português. Eles parecem robôs comandados à distância pelo Império.
ResponderEliminarO que estão a fazer é dominar a estrutura do Estado para depois continuarem a arrasar tudo.
Alguém disse: isto é uma vergonha nunca vista!
ResponderEliminarNunca mesmo?
Com este descaramento, nunca, mesmo!
ResponderEliminarToda a administração nomeada por Socrates caiu com Socrates.
ResponderEliminarA única comparação a este assalto em curso são os idos dos governos Cavacais, onde o métodp foi exactamente o mesmo, e com menos restrições a contornar do que as actuais.
E o Seguro mudo e calado. Será bem feita , porque ele sim, não durará mais do que um ano a governar. Com oposição assim esta corja nunca mais de lá sairá.
Tudo isto me entristece , já só me resta emigrar mesmo. Não quero permanecer num país que não me considera bem vindo.
PQP a todos, ao governo e especialmente a este povo de amorfos mas invejosos cagalhotos.
Há muito tempo que estou convicto disto: não há como evitá-lo, o PSD deve ser ilegalizado enquanto associação criminosa e todos os seus membros responsabilizados e punidos pela destruição causada desde os primeiros tempos de cavaco. Ser do PSD tem que se tornar na nova lepra...
ResponderEliminarInfelizmente é uma lepra que todos querem tocar ( basta vêr a sabujice com que a comunicação social nos prenda, triste espectaculo de propaganda diária e entoxicação da opinião publica).
ResponderEliminarE porque é que todos o querem tocar? PORQUE ANDA TUDO AO MESMO :DINHEIRO, MUITO DINHEIRO.
A CReSAP trabalha para um Governo alternativo a este.
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