terça-feira, agosto 21, 2007

Entre a inocência e a ignorância

Pacheco Pereira arranjou finalmente um jurista. O azar é que esse jurista sabe pouco — como, aliás, confessa humildemente. Pacheco Pereira, mestre da teoria geral, esquece-se sempre do essencial.

O essencial é que, tal como a GNR divulgou, o proprietário não quis apresentar queixa no dia em que o crime foi praticado. Por isso, se a detenção tivesse sido feita minutos antes, não poderia continuar. Se a detenção ainda não tivesse sido feita, o que foi o caso, porque o proprietário foi logo questionado, não poderia ser feita depois.

Quanto à ilegalidade da manifestação, Pacheco Pereira continua a não querer ver o que é evidente. Não houve nenhuma manifestação com pré-aviso nem convocada anteriormente. Houve uma manifestação organizada previamente à socapa, que conseguiu iludir a vigilância policial, porque estamos a falar de uma herdade de mais de 70 hectares.

Os “manifestantes” — cerca de 50 indivíduos transportados num autocarro — conseguiram entrar na herdade e destruíram um hectare de milho, até que a GNR, que chegou ao local em dez minutos, os expulsou de imediato.

O reforço de outro autocarro de “manifestantes” já nem conseguiu pôr o pé na plantação, porque a GNR, que, entretanto, já tinha mais de uma dúzia de elementos no local, o impediu.

O que aconteceu a seguir — e não antes — é que os desordeiros foram conduzidos para fora do local, depois de terem sido identificados os porta-vozes e os organizadores. Questionado o proprietário, este não pretendeu apresentar queixa, o que inviabilizou a detenção.

A lei é uma maçada, Dr. Pacheco Pereira, mas ainda vivemos num Estado de direito.

6 comentários :

Anónimo disse...

Humm! O PP é fraco, não há dúvida e estou de acordo consigo nesse aspecto. Mas, pior que o PP são ainda os licenciados em direito que seguiram a carreira do MA. Óh MA, você vive mesmo complexado por não ter tido a arte e o engenho para exercer a advocacia. Vá-se catar e deixe o PP em paz. Você persegue as pessoas com uma raiva que até mete asco. Um dia o PP, outro dia o Moreno, a seguir o Juiz madeirense, etc. Óh homem, inscreva-se na Ordem e fale com o seu patrão. Talvez, com isto das novas oportunidades consiga acabar o estágio e assim acabar com esses complexos raivosos que lhe vão na alma.
Defensor do Diabo

Anónimo disse...

Ou eu sou burro, ou estou com sono, ou o seu segundo parágrafo não faz mesmo sentido... «Se a detenção ainda não tivesse sido feita, [...] a detenção não poderia ser feita depois»?!...

Anónimo disse...

Oh Miguel Abrantes,

A GNR divulga o que lhe convém, o que não lhe convém oculta ou branqueia, tal como os políticos e os governos.

Esse seu post, desculpe-me, é conversa mole para boi dormir !

Não vai conseguir fazer-nos acreditar na versão da GNR, do MAI, do Min. da Agricultura, etc, etc.

Nós só apreciamos factos e os factos já os enumerei noutro comentário, de outro post, neste blog.

Até simpatizo consigo e com a sua tarefa ingrata mas não tente atirar-me areia para os olhos neste assunto.

O que me falta descobrir é se a sua especial preocupação com este tema não será devida a uma qualquer tentativa de branquear uma escorregadela ou sacanagem que possa ser imputada às suas hostes (PS, governo, socretinos, etc).

A.Teixeira disse...

Visto à distância o assunto até nem tem a importância que lhe querem dar. Mas, mesmo assim, depois de tanto tempo, merecia uma história com um melhor enredo, Miguel Abrantes.

Inverosímil, por ser demasiado simples para ser tão tardia. Como se vê até por algumas reacções, esta sua hístória foi um desapontamento…

Mas já vem aí a do financiamento do PSD, não é? Força nisso, Miguel!

Anónimo disse...

A Camorra madeirense instalou-se na sede nacional do psd. O noia é um a prendiz á beira do "chaves" da madeira.

Anónimo disse...

Acho que se confirma. O 2º parágrafo é misterioso:

"O essencial é que, tal como a GNR divulgou, o proprietário não quis apresentar queixa no dia em que o crime foi praticado. Por isso, se a detenção tivesse sido feita minutos antes, não poderia continuar. Se a detenção ainda não tivesse sido feita, o que foi o caso, porque o proprietário foi logo questionado, não poderia ser feita depois."


Isto não é um argumento jurídico, logo, não consigo, que sou jurista, rebatê-lo...

Parece-me mais uma coisa do esotérico e de viagens no tempo e, como não sou versado nestas artes, o melhor é deixar-me estar e apreciar a belíssima construção:
Em suma, o que o autor nos diz é que aquilo que não foi feito, se tivesse sido feito, não poderia continuar em virtude de algo que foi dito antes que não se faria na altura ... E depois?

LOLOLOLOLLLLLLLLLL!!!