sexta-feira, agosto 29, 2008

Onda de violência ou tsunami de estupidez mediática?



Gráfico recolhido pelo João Miranda, que lhe acrescenta o seguinte comentário:
"Como mostra o gráfico, a criminalidade violenta diminuiu em 2007 cerca de 10%. Os dados para o primeiro semestre de 2008 dão um aumento de 10%, o que anula a diminuição de 2007. A ciminalidade de 2008 está aos níveis de 2006. A suposta onda de criminalidade afinal era o estado habitual do país em 2006. Alguém se lembra desses tempos terríveis?"

13 comentários :

Anónimo disse...

Estes dados não são fiáveis por duas razões.

Não consideram os meses de Julho e Agosto, em que a criminalidade violenta cresceu sem cessar.

Depois, no que toca à criminalidade grave, existem cifras negras muito significativas, que não são contabilizadas. De um modo geral, a criminalidade violenta é registada em termos estatísticos. Mas a criminalidade grave escapa, em grande medida, às estatísticas.
Portanto, o suposto aumento de 10% (do primeiro semestre) apenas considera os dados oficiais. Na melhor das hipóteses, teríamos, porventura, cerca de 12 mil casos no primeiro semestre. Como, de certeza, nos últimos dois meses, a acentuação é muito superior, devemos estar neste momento, com aproximadamente 18 mil casos. E ainda faltam quatro meses para terminar o ano.

Anónimo disse...

Infelizmente, não são só os media que criam o alarme social. São também as magistraturas. O PGR veio agora ordenar que os magistrados do MP requeiram a prisão preventiva para os arguidos de crimes violentos, o que leva a supor que até aqui não a requeriam; os juízes também a não decretam, quando podem e devem decretá-la, porque a lei existente lho permite e aconselha. Trata-se de um autêntico boicote, uma espécie de greve encapotada. Depois vêm os sindicalistas profissionais Cluny e Martins proclamar que a culpa é da revisão dos Códigos Penal e de Processo Penal, aprovadas pelo PS e pelo PSD, e que já anteriormente haviam sido objecto de consenso no Congresso da Justiça promovido pela Ordem dos Advogados no mandato do Dr. JM Júdice. Os sindicatos doas magistrados comportam-se como partidos políticos de oposição ao Governo, apostados em derrubá-lo por todos os meios.

Anónimo disse...

A direita e o populismo...

Anónimo disse...

Diversas classes estão empenhadas em fazer-se ouvir, custe o que custar. Afinal, os farmacêuticos acabaram por obter resultados encorajadores. Já ninguém os ouve!! Por que não os outros? Os juízes já conseguiram, sem vergonha, manter o subsídio de habitação, até aumentá-lo. Não chega porém. Eles e outros não descansarão enquanto o Sócrates não for ao tapete. Mas não tem havido classe tão nefasta como os jornalistas. Não brilham pela competência, mas na polémica e na deturpação das mensagens são mestres.
Enquanto isso, a classe política em peso colabora, activa ou passivamente segundo os casos, na implantação do estado-polícia. Distrai-se o pessoal com idiotices, enquanto os cartões, os chips e outras maravilhas dão cabo da pouca privacidade que ainda nos resta.
O neo-liberalismo exige também isso.

Anónimo disse...

Meu Caro Horácio,

Com as alterações ao Código de Processo Penal de 2007, o juiz de instrução criminal só pode fazer o que o Ministério Público entender.
Em primeiro lugar, se o Ministério Público decidir que o arguido deve ser libertado e sujeito apenas a termo de identidade e residência, o juiz nem tem contacto com o processo. Nem sabe que foi detida uma pessoa.

Depois, se o Ministério Público decidir que deve ser aplicada uma medida de coacção mais gravosa do que o termo de identidade e residência, apresenta o arguido ao juiz. Nesse caso, o Ministério Público propõe uma medida de coacção. Por exemplo, obrigação de o arguido se apresentar semanalmente na esquadra da polícia. O juiz não pode aplicar prisão preventiva. Com efeito, o juiz não pode aplicar medida mais gravosa do que a sugerida pelo Ministério Público.

Luis M. Jorge disse...

O que você e o João Miranda querem dizer é que estamos a regredir, não é?

Anónimo disse...

A conclusão que tiro desta conversa... (justiça) como a maioria das pessoas é que aqui há gato com rabo de fora. Ou seja,constatamos que os agentes pela aplicação da justiça (Juizes e magistrados)estão claramente a jogar no campo dos criminosos com o objectivo claro de colocar o Governo em cheque.

Esta é que é a verdade dos factos. Basta ouvir as declarações dos sindicalistas/juizes/magistrados, para se tirar essa conclusão.

Essa gente está ressabiada com a perda de alguns previlegios, que o Governo lhes retirou e bem, que a meu ver e dos portugueses deveriam ser ainda maiores.

Esperemos que na proxima legislatura o PS acabe de vez com as mordomias exegeradas destes doutos srs.Quem reclama para si previlegios que os restantes não tem,está a colocar-se perante a opinião publica como uma casta que mama dos impostos de todos nós.

Anónimo disse...

Finalmente o madraço do Afonso Mesquita debitou uma "postita", embora com mais "buracos" que um queijo Emmenthaler...

Porque:

1. Como já outro comentador referiu, "cadê" os dados de 2008 ?

2. Esta criminalidade não está qualificada: podem ter diminuido os crimes de "pilha-galinhas" e aumentado os crimes contra as pessoas.

Eu tenho uma teoria àcerca destas questões:

O líder da JS vai participar no "I Encontro Ibérico de Grupos Homossexuais Cristãos" a 26/27 de Setembro em Évora...

Os outros grupos de homossexuais, os pedófilos, os abusadores de crianças, os maricões, as bichas, os efeminados, os drag queen, os rabetas, enfim tudo que é anormal, sentindo-se discriminados, resolveram partir para a violência !

Anónimo disse...

..." Onda de violência ou tsunami de estupidez mediática" ?

Ambas são verdadeiras !

"Onda de violência" porque não é a CS que está a ficcionar os casos.

"Tsunami de estupidez mediática" porque esta "posta" acredita que somos mais estúpidos que aquilo que parecemos: nos últimos 13 anos o PS (des)governou +/- 10.

Anónimo disse...

É tão óbvio o comportamento do pequeno Martins e do sibilino Cluny que até admira tanta desfaçatez.

Anónimo disse...

Penso que é óbvio que o que está a ser feito é uma vingança servida fria, como retaliação pelos supostos "ataques" do governo.
O que proponho como solução para este problema é a criação dum sindicato dos Presidentes da Republica (não sei como se pode fazer, mas deve haver solução), criação doutro sindicato para o governo e por fim criação de outro sindicato ainda para a A.R.
É canja...

Anónimo disse...

Meu Caro Sousa
Tenho de reconhecer que tem toda a razão no que diz.
A questão estará então nos Magistrados do MP, que obedecem mais às orientações do sindicalista Cluny do que às do seu verdadeiro dirigente, que é o PGR.
Agradeço-lhe a rectificação (é que não tenho os Códigos em casa...)

Anónimo disse...

Os juízes e os magistrados do Ministério Público estão a libertar os criminosos, para eles andarem aí à solta a aterrorizar a população, tudo porque o governo retirou privilégios aos juízes e aos magistrados do MP?
Será verdade esta teoria da vingança?

A verdade é que esses privilégios foram retirados em 2006. Nada aconteceu.

Em Setembro de 2007, o Código de Processo Penal foi modificado. Os juízes e os magistrados do Ministério Público alertaram para os perigos daí advenientes. O caos instalou-se graças a essas alterações legislativas.

Por isso, Horácio, somente em parte concordo consigo. Há casos em que o MP deveria requerer a prisão preventiva e não o faz. Mas noutros casos, não requer a prisão preventiva, porque a lei foi modificada no sentido de impedir a prisão preventiva na maior parte dos casos.