quinta-feira, novembro 06, 2008

A democracia segundo o PSD, com Cavaco a assistir




Um deputado cujo nome não fixei (de um partido cuja sigla não sei o que significa) foi, ontem, expulso da Assembleia Legislativa da Madeira e, hoje, impedido de aí entrar.

O deputado do PND talvez tenha exagerado ao comparar o PSD da Madeira, uma organização de extrema-direita legalizada, ao partido nazi. Afinal de contas, as figuras locais mais obstinadas converteram-se à democracia — e a circunstância de alguns deles não o terem feito logo a seguir ao 25 de Abril só revela que se trata de gente de convicções arreigadas. É possível que tenha sido por a democracia não ter proporcionado a tal ocasião que faz o ladrão, mas a verdade é que não há notícia de que, após o 25 de Abril, elementos do PSD da Madeira tenham estado, por exemplo, envolvidos naquelas actividades de bricolage que culminavam com a aposição de um carimbo com os dizeres "Visado pela Censura".

Em todo o caso, se o presidente da Assembleia da República impedisse a entrada no hemiciclo a um deputado, recorrendo para o efeito a uns tantos gorilas, que diriam Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira e Paulo Rangel?

Ora, tratando-se de um deputado eleito democraticamente, considera o Presidente da República que, na Região Autónoma da Madeira, está assegurado “o regular funcionamento das instituições democráticas”?

2 comentários :

José Nunes disse...

Claro que não está assegurado o regular funcionamento das instituições democáticas.O Presidente da Republica deverá de imediato convocar o Conselho de Estado tendo em vista a posterior dissolução da Assembleia Legislativa da Madeira.

Anónimo disse...

Kavako existe?
A madeira existe como democrata?

Nem um nem a outra existem efectivamente.

O primeiro não existe pelos silencios que mantem...

A segunda pela falta de democracia, liberdade e direitos da oposição.

Por coincidencia são ambos do PPD. Isso diz tudo.