quinta-feira, novembro 27, 2008

“Sindicalismo unitário” ou unidade do sindicalismo?

Carlos Trindade e Ulisses Garrido, dirigentes da CGTP-IN, criticam, em artigo (p. 41) no Público de hoje, “a prática da CGTP-IN [que] não alarga a influência da central e não permite a renovação de ideias e dos eleitos”:
    «Não raro se contrapõe a “visão revolucionária” dos comunistas à visão “recuada” e conservadora dos dirigentes que não pertencem ao PCP, sendo, porém, verdade que isso não corresponde a qualquer análise sustentada. Não é uma atitude revolucionária a de entender que as lutas sindicais têm o fim em si próprias, como se se tratasse de cumprir um dever; nem a vida e a dinâmica de um sindicato ou de uma central sindical se mede exclusivamente pelo número de lutas que promove, num activismo radical de fracos resultados — como parece ser o entendimento da corrente comunista da CGTP-IN.

    Tanto como de luta, a vida sindical precisa de obter sucessos, de infundir confiança aos trabalhadores através da resolução dos seus problemas concretos. Precisa, sobretudo, de se “tornar presente” na solução dos conflitos e ter coragem de assumir, negociar e acordar soluções, compromissos, entendimentos. Também esta perspectiva nos diferencia das práticas dos “maioritários”.»

1 comentário :

Anónimo disse...

Aqui está exposto o caminho certo como se deve fazer sindicalismo e não entrar em "guerras" com objectivos politicos sem fim, que acabam por afastar os trabalhadores da sindicalização e da luta pelos seus direitos.

Hoje só na função publica é que a cgtp tem alguma força, mas com o tempo e não será longo, também perderá esta batalha.