terça-feira, fevereiro 24, 2009

A palavra aos leitores

    "Segundo o Público - um sortudo no que toca a apanhar frases bombásticas - o cineasta Fonseca e Costa acha que o Instituto do Cinema e Audiovisual configura o “dirigismo puro, digno do estalinismo”, vê a Cinemateca Nacional como uma coutada de Bernard da Costa e não está disponível para dar confiança à “rapaziada” que visto isso tem a função de seleccionar os projectos interessados em financiamento público.

    Lido o Público como JMF pretenderá, a coisa é assim: um governo sem sensibilidade artística e democrática, nomeou gente da sua laia para tratar dos dinheiros públicos destinados ao cinema e daí resultou a ressurreição do “estalinismo” – jargão que abana sempre as janelas fechadas e esfria as colunas vertebrais até aí sossegadas no esquecimento.

    Aceitando que o cineasta Fonseca e Costa tem as suas razões, eu, que entre António Lopes Ribeiro mais António Silva e o cinema português feito nos últimos trinta e cinco, só vi duas ou três fitas nacionais, tal a minha incapacidade para gramar modernidades – não tiro nem acrescento ao vício intelectual português de reduzir quase tudo a chavões que pouco nada dizem à generalidade dos portugueses; chavões usados quer por artistas que adorariam viver mais ou menos a expensas do OE, quer por artistas que entendem que o seu caminho e meta não pode ficar dependente do Estado.

    Perante o estrondo produzido por Fonseca e Costa, logo prontamente ampliado pelo prestimoso Público, recordo que em 2006 o cinéfilo nacional ignorou quase completamente a estreia de filme de realizador da geração de Fonseca e Costa – fita que apesar de ter recebido 648.500 € do então ICAM, ou seja, do erário público, só mereceu a atenção de 493 espectadores.

    Contrariamente à palavra de ordem das filmagens, “acção” – aqui tudo não passou de “conversa” descarregada sobre pares remetidos ao estatuto de “adversários e inimigos de estimação” (problema que, na actual conjuntura - mais do que previsivel quando em Dezembro último muitas empresas fecharam para pontes e férias – conta pouco ou nada aos olhos de quem efectivamente sofre a crise económica).

    (Como hoje é dia de carnaval, ninguém levará a mal que sobre as previsões metereológicas do director do Público se aceite que, afinal, o tempo vai mesmo aquecer, porventura até esquentar, mas lá para finais de Abril próximo...
    )"
      Manuel T., Santa Maria da Feira
    "José António Saraiva indigna-se, no Sol do passado Sábado, por o Parlamento ter aberto uma comissão de inquérito ao BPN quando o caso está em investigação pela justiça. Será que também se indignou com as comissões de inquérito ao BCP, a Camarate e a tantos outros casos igualmente em investigação pela justiça???
    Pensando bem, quanto ao BCP não me admira que tenha sido contra, já que é um dos principais accionistas do Sol…
    "
      Saul D.
    "(...) o director do SOL está indignado. Então não é que o Parlamento anda a investigar o caso BPN e não investiga o seu grande “furo jornalístico” no caso Freeport? Como tamanha “injustiça” não encaixa no mega-ego saraiviano e não dá jeito nenhum ao sócio (do SOL) Joaquim Coimbra (que, por acaso, também é accionista de referência da SNL e do BPN), José António Saraiva descobriu a pólvora: «ao falar-se de Dias Loureiro desviam-se as atenções do caso Freeport»!

    Afinal é tudo uma tramóia socialista para distrair da grande investigação do SOL. E o coitadinho do Dias Loureiro não passa de uma vítima, um peão nas mãos destas tácticas de desinformação, arrastado para a lama só para não se dar importância às manchetes do SOL…
    "
      João Mário C.

1 comentário :

Anónimo disse...

Viva as maminhas da Soraia Chaves e o bom gosto dos socialistas!