segunda-feira, janeiro 25, 2010

Contributo para a história dos ‘políticos puros’: o ponto de vista de Bruxelas

João Marques de Almeida, assessor de Durão Barroso, escreve hoje sobre Políticos profissionais, parecendo querer devolver à procedência o frete da “dinastia dos discípulos”:
    Há, ainda, o que chamo a visão ingénua. Uma pessoa fez uma carreira profissional com sucesso, é de uma grande competência e seriedade profissional, percebe que o país enfrenta problemas e julga saber as soluções. Resolve então, perdoem a expressão, "fazer uma perninha na política". Claro que as intenções são as melhores, mas as exigências da vida política não rimam com boas intenções. Deixem-me dar como exemplo uma profissão que conheço bem: professor universitário. Julgar que é possível passar grande parte da vida a escrever livros e a dar aulas e, depois, aos 50 anos resolver "fazer política" constitui uma ilusão das democracias imaturas. Acontece nas jovens democracias, depois de uma revolução, porque é necessário renovar a classe política. Em Portugal, a visão ingénua continua a aparecer quando se faz uma das comparações mais extraordinárias que se pode imaginar: o Salazar como exemplo contra os "políticos profissionais".

    Salazar não fez mais nada na vida senão política; e, como sabemos, a tempo inteiro.

1 comentário :

Caty Waves disse...

O saudosismo e o conservadorismo continuam a fazer escola no Psd.

O Partido que nasceu do Marcelismo continua na onda do 'bom filho à casa torna'.