quinta-feira, janeiro 14, 2010

A morte rápida da credibilidade

Janeiro de 2010:

Portugal e Grécia são dois países que enfrentam o risco de uma "morte lenta", caso os respectivos Governos continuem a ser obrigados a reservar uma parcela crescente da produção nacional ao pagamento das dívidas contraídas e respectivos juros. O cenário é traçado pela Moody"s.

Julho de 2009:

A Calpers, maior fundo de pensão público dos Estados Unidos, processou as três maiores agências de rating [Moody's, Standard & Poor''s e Fitch] por dar notas perfeitas a ativos que mais tarde sofreram grandes perdas com hipotecas subprimes.

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A credibilidade é dos bens mais preciosos do nosso tempo. E, apesar da sem-vergonhice que assolou o mundo financeiro (com ramificações noutras esferas, como a da política), não deixa de impressionar como aqueles que falharam em toda a linha na crise de que agora começamos a sair tenham a lata, sim, a lata, de virem apontar o dedo a quem tudo fez para resolver a crise.

4 comentários :

Carlos Coelho disse...

a diferença é que no caso de 2009 as empresas tinham interesse financeiro em fazer as tais avaliações. Neste caso, a Moody's não tem qualquer interesse em mentir ou esconder informação.

João Magalhães disse...

Carlos Coelho, parabéns
O prémio Ingénuo 2010 já é seu.

Ruben Correia disse...

É tudo uma campanha negra contra o nosso ilustríssimo e elevadíssimo PM, o glorioso José de Sócrates! Bem se sabe que os estrangeiros, essa corja, inveja o seu porte atlético e a sua pose majestática. Avante Portugal!

Carlos Coelho disse...

antes ingenuidade que sabujice.