segunda-feira, abril 12, 2010

Escutas à margem da Lei para chantagear políticos?

"(...) são escutas que não são feitas pelo sistema legal, pelo sistema processual, são feitas por pessoas e entidades fora do sistema legal, sem qualquer crivo, sem qualquer fiscalização. São perigosas, porque são arbitrárias, feitas em função de interesses inconfessáveis e que são usadas para fazerem chantagens pessoas e políticas. É preciso que os cidadãos tenham essa noção."
João Palma, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público,
ao Correio da Manhã, 11 Abr. 10

Anda meio mundo preocupado com a violação do segredo de justiça e, dentro do segredo de justiça, com a divulgação ilegal de escutas que integram os processos.
Uma boa maneira de descentrar a discussão é falar, não desse problema real, visível, preocupante, mas sim de algo que não se sabe muito bem o que é.
A não ser que - hipótese pouco provável - o presidente do sindicato esteja a falar de escutas feitas à margem da Lei, e assim classificadas por quem de direito, mas com as quais alguns agentes do sistema de justiça e alguns "comentadores" pretendiam abrir processos de cariz claramente político.
De qualquer forma, ao abrigo das mais elementares regras do estado de direito, certamente que o dr. João Palma já terá comunicado as suas suspeitas às instânciasc competentes, pelo que muito em breve deveremos ser esclarecidos sobre esta matéria.

4 comentários :

Anónimo disse...

Parece-me é que o Palma anda a fazer declarações sem consultar o Cluny.
Até parece o Manel Monteiro quando se zangou com o mentor Portas!!!

Unknown disse...

Não sei quem disse a quem, mas a pouco e pouco fica a saber-se das razões de Estado responsáveis pela audiência concedida a um sindicato por Sexa o Sr. PR.

JADR

Graza disse...

Quando as galinhas tiverem dentes! Talvez! A menos que... digo eu!

Anónimo disse...

A entrevista do Palma visda dar um recado aos senhores do SIS...