domingo, outubro 17, 2010

O CC em defesa do Público

Não são poucos os leitores que se têm atirado às constantes alterações das notícias do Público On-line sobre a posição do PSD quanto ao Orçamento do Estado para 2011. O provedor do leitor analisa hoje a questão:
    "Voltemos ao leitor que consulta nesse dia o Público Online. Que procura informar-se com rapidez, e por isso se fica em geral pela página de abertura, onde espera encontrar os temas fortes da actualidade, e lê sobretudo os títulos e aberturas das notícias. Terá sido o caso da leitora Catarina Oliveira, que, pouco depois das 15h00 do passado dia 14, viu na homepage do PÚBLICO uma peça intitulada Passos Coelho: "O país não fica numa boa posição" se o OE não for aprovado. E não dá de si próprio uma boa imagem, prosseguia a citação na abertura do texto.

    A leitora terá visto nesse título, compreensivelmente, um sinal claro das intenções do líder do PSD. Mas espantou-se ao regressar dez minutos depois, talvez com mais vagar, à página do PÚBLICO. O título em causa desaparecera, mas continuava em destaque uma notícia sobre as declarações do principal dirigente da oposição no Funchal, agora sob o título Passos Coelho promete "sangue frio" para não ceder a "pressões orçamentais". Reforçando a ideia de que chumbará a proposta de OE para 2011, acrescentava-se na abertura da peça. Pouco depois, a leitora enviava-me uma mensagem, queixando-se de que "agora dão a entender o contrário" do que sugeriam antes. "Que jornalismo é este?", perguntava."
Bem vistas as coisas, o Público tem atenuantes de peso: quando um partido muda de posição de dez em dez minutos, como é possível acompanhar essas mudanças bruscas? Qualquer pessoa fica desorientada — aí incluindo todos os figurões que, pelo silêncio, se vêm afastando de Passos Coelho, deixando-o cada vez mais entregue aos talibãs da São Caetano.

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