Luís Paixão Martins, cujo regresso aos blogues aproveitamos para saudar, apesar da(s) companhia(s), defende a publicidade, entre outros motivos, porque ajuda a pagar os meios.
João Pedro Henriques atira-se à publicidade, com uma argumentação que seria fastidioso sintetizar ou rebater.
LPM tem com ele a razão dos académicos.
JPH ganha claramente no plano da sinceridade - ele escreve partindo do pressuposto, criado a partir de experiência própria, de que, em Portugal, não é a publicidade que sustenta os meios.
8 comentários :
"Miguel", você é burro ou faz-se?
Eu escrevi, explicitamente, que o problema não é a publicidade. É um Estado que em ano de vacas magras aumenta gastos em publicidade.
Evidentemente, eu NÃO disse o que você me atribui (o "Miguel", além de burro e cobarde, é também desonesto). Eu NÃO disse que os jornais dispensam publicidade. Sei bem que não dispensam e para mim isso é a coisa mais natural do mundo.
O que eu disse foi outra coisa - a tal parte "fastidiosa" que não lhe deu jeito. É que um jornal não pode deixar de dar notícias por correr riscos de perder campanhas publicitárias.
Vá "Miguel", tenha pelo menos tomatinhos para assumir preto no branco o você na verdade pensa: a publicidade paga os "meios" e portanto os "meios" que baixem a bola e não se ponham a criticar quem paga a publicidade. É isso, não é? Seja homenzinho e diga que sim.
Não me diga que não simpatiza com atelles...
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As Instituições Internacionais já deram o seu aval e aprovação à proposta do Governo de Orçamento de Estado.
Dizem, sem margem para dúvidas, que é um Orçamento CREDÍVEL, CORAJOSO, E EXEQUÍVEL.
Perante estas palavras tão claras e evidentes - o Psd nada disse! Nunca disse palavra nenhuma, silencia-se como se silencia a comunicação social, numa espécie de pacto implícito de "não dar palco" (António Nogueira Leite refere antes 'não dar troco') a tudo o que seja determinantemente elogioso para com o Governo.
E assim, completamente alheio ao que nos têm dito as instãncias internacionais sobre a necessidade de aprovar o Orçamento proposto pelo Governo, veio agora o Psd distorcer a balança dos equilíbrios conseguidos com este Orçamento (que não é achado com prazer mas sim por dever indispensável) e abanar a barco com o intuito premeditado de provocar acidente.
Perante isto o Governo só deve recusar-se à chantagem, denunciar o ziguezaguear deste Psd e interpor o aval e aprovação das Grandes Instituições Internacionais.
Se eles chumbarem então que assumam as responsabilidades dos seus actos.
Bolas, JPH, você está mesmo mal disposto... Não me diga que o Marcelino lhe puxou as orelhas por se andar a meter onde não deve. "Eu" não lhe atribui nada do que você acha que atribui. A única coisa que o JPH pode inferir do que "eu" escrevi é que "certos" jornais (sabe do que estou a falar, não sabe?) há muito que teriam fechado se dependessem da publicidade.
Não sabem fazer mais nada do que censurar os posts que não vos agradam???
@anónimo: a liberdade de expressão is a bitch.
Bolas, Miguel, tu escreveste "JPH atira-se à publicidade". Isto é atribuir o que tudo o que JPH acha que lhe atribuis.
Mas a argumentação a rematar o teu comentário parece dar razão aos que dizem que a Governo só coloca publicidade nos meios que lhe convém (leia-se, por exemplo: DN, JN e TSF), como se lia recentemente no CM e no Público (contestado aliás do que demonstrou um estudo encomendado pela Controlinveste à Marktest). Estás agora a defender os jornais da Cofina e o da Sonae? Na altura, julgo teres defendido o contrário. Será que o argumentário político tem de se valer de tudo, só para atacar uma manchete desagradável para o Governo?
Ah, também sou jornalista do DN e o Marcelino não me puxou as orelhas para vir aqui defender quem quer que seja. Estou de licença parental, a gozar um mês decidido pelo PS, louve-se por isso. Não por este Orçamento.
Miguel,
JPH atira-se, de facto, à publicidade, seja ela estatal ou não, pelo simples facto de considerar que ela é condicionadora do seu trabalho jornalístico. Resumi bem, ou não, o que JPH escreveu?
Mas esse não era o meu ponto. E nem me referi, nem é isso que está em causa, ao facto de a Pub. ser estatal ou não.
Apenas escrevi que, em Portugal, a existência de Pub. não está directamente ligada à sobrevivência dos media. O Miguel e o JPH sabem melhor que outros daquilo que estou a falar.
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