quarta-feira, novembro 23, 2011

Como destruir a sociedade

• João Cardoso Rosas, Como destruir a sociedade:
    ‘O Governo em funções, pensando apenas nas variáveis financeiras e de forma totalmente irresponsável, usa os seus poderes como uma faca em manteiga mole, tentando salvar as finanças, mas destruindo a sociedade. É isso que faz ao colocar funcionários públicos contra trabalhadores do sector privado, por exemplo. Por todo o lado vemos hoje o crescendo dos ressentimentos de uns contra os outros, muito fomentados pelo próprio discurso do primeiro-ministro. Mas há também as divisões entre pensionistas e trabalhadores no activo, entre a benevolência com que são tratados os detentores do capital e a violência do ataque aos que vivem dos rendimentos do trabalho, entre as empresas que participam nos negócios do Governo e todas as outras, entre as pessoas individuais e colectivas que nunca faltam com os seus impostos e os que continuam - mais do que nunca - a não passar factura, a não declarar rendimentos, etc. E, já agora, entre o pessoal político e o cidadão impotente e atónito. Tudo isso faz com que estejamos a assistir a um fenómeno gigantesco de criação de ressentimento e destruição da confiança colectiva.

    É isto que este Governo não compreende: a questão não está nos sacrifícios pedidos e cuja necessidade a maior parte dos portugueses interiorizou. O problema está na gritante falta de equidade na sua distribuição. Não é a austeridade em si mesma que causa revolta, protesto ou, noutros casos, desistência e depressão, é a percepção da sua iniquidade. Para perceber isso com clareza e actuar em conformidade, seria necessário mais do que um Passos, mais do que um Gaspar.’

5 comentários :

Anónimo disse...

falat politica a este governo de tecnocratas que, e disse muito bem o Jerónimo, nunca souberam o que é a vida e que são liderados por uma criança que sempre mamou na teta e nunca teve de se esforçar para fazer um cú na vida.
Em suma, somos governados por filhinhos do papá que só porque têm curso ( alguns de universidades da treta) já se julgam o supra sumo da sociedade.Somos governados por gente ofuscada por si mesma e sem a menor empatia com a sociedade que dirige.

A. Castanho disse...

É a própria coesão social que está à beira do colapso!

"Mais do que um Passos" e "mais do que um Gaspar" é demasiado pouco, é QUASE NADA, para descrever os novos protagonistas que nos faltam: mais do que um Soares, ou um Melo Antunes, nos seus melhores tempos, ainda não seria de mais.

Anónimo disse...

é confrangedor ler os comentários sobre o "governo em funções", quando não existe outra hipótese senão mentir aos portugueses dizendo que existem "folgas"! o que este governo está a fazer é realmente abrir uma janela ao futuro de Portugal e não como se pretende fazer passar para os portugueses pelos esquerdistas ressaviados, colocar portugueses contra portugueses!Uma coisa é certa ... como estava não é possível continuar (a não ser para atinjir mesmo a banca rota)!!! Dar o beneficio da dúvida, deixar ver como acabam estas soluções é um dever patriótico! mais do mesmo que já vimos não levar a lado nenhum é que não!!!

Anónimo disse...

Confrangedor (no mínimo) é o comentário anónimo de 23, 02:47:00...

Quem agora dá "o benefício da dúvida", nem por isso escapará ao malefício do descalabro. E do merecido castigo...

Anónimo disse...

Qual beneficio da dúvida meu caro? Já viu os indicadores do clima económico em portugal nos ultimos tempos? Com franqueza, dar o beneficio da dúvida para que? Se lá estão a fazer um trabalho ainda pior que os anteriores então será de corre-los a pontapé e quanto mais cedo melhor.Não sou vingativo mas há de facto gente tão burra que até merece tudo o que aí vêm ,se não se acabar com a brincadeira destes palhaços rápidamente.