domingo, novembro 25, 2012

Um governo cada vez mais só

Em Nome da Lei é um programa da RR que pôs, no sábado, Eduardo Ferro Rodrigues a debater com Paulo Teixeira Pinto o Estado Social e o apetite do Governo em o destruir através da “refundação” das funções do Estado.

Depois de avisar que “é mais fácil destruir o Estado social do que reconstruí-lo”, as declarações de Ferro Rodrigues não deixam margem para dúvidas: o PS aceitar associar-se à “reforma do Estado Social de Passos Coelho seria cometer o suicídio.”

Já as declarações de Teixeira Pinto, que foi o pai do projecto de revisão constitucional do PSD (que nem os limites materiais da revisão respeitava), revelam que o Governo está cada vez mais isolado. Talvez sugestionado pelo nome do programa, Teixeira Pinto não teve dúvidas em afirmar que “um Estado sem dimensão social é apenas um poder formal”, acrescentando que é “quase uma obscenidade” discutir como cortar quatro mil milhões de euros nas funções sociais do Estado, quando essa verba não chega para pagar metade dos juros da dívida. Daí que mais uma personagem do círculo próximo de Passos Coelho se afaste do fanatismo que prevalece no Governo e exija a renegociação do memorando.

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