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| Hoje no Jornal de Negócios (pp. 4-7) |
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais dá uma entrevista ao Jornal de Negócios e à RR com o propósito de vender a reforma do Código do IRC. É uma conversa pobre, sem grande substância, em defesa do projecto ultraliberal. Veja-se a imagem reproduzida supra: vale a pena comentar quando se sustenta que a aprovação da reforma do IRC, que se traduzirá numa redução do imposto sobre os lucros dos grupos económicos, propiciará um alívio da austeridade?
A entrevista não mereceria uma referência se Paulo Núncio não fizesse alusão a dois aspectos mais ou menos laterais ao propósito de tentar vender a obra-prima de Lobo Xavier & Frasquilho:
- 1. Paulo Núncio, enquanto governante indicado pelo partido dos contribuintes, faz questão de se demarcar da Miss Swaps, sublinhando que se trata de uma escolha do alegado primeiro-ministro, pelo que se vê forçado a aceitar ser seu ajudante [“O Governo tem a ministra das Finanças escolhida pelo senhor primeiro-ministro”].
2. Realizando-se as eleições autárquicas no dia 29 de Setembro, o Governo pretende só divulgar as medidas brutais que prepara para incluir no Orçamento do Estado para 2014 depois dessa data [“só a partir de 1 de Outubro é que o governo tomará decisões sobre a reforma do IRC”].
1 comentário :
A dita reforma não é mais do que um enorme bodo às grandes empresas dos amigos do Dr. Xavier e do Dr. Frasquilho. Se tiverem de baixar o IRC, deverão fazê-lo para as pequenas e médias empresas que são quem, na prática mais precisa. As grandes aguentam (ai aguentam, aguentam...) e dizer que poderá ser um incentivo ao investimento poderá ser uma grande treta se não se tomarem medidas daquelas que se designam, efetivamente, por independência nacional, e que por exemplo, terão de passar por respeitar prazos de permanência, não contribuírem para a super-exploração dos nossos trabalhadores, etc., etc.
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