"E sobre a ministra das Finanças, estás a disfarçar que não viste a sua intervenção na comissão parlamentar?"

• António Correia de Campos, Brandos costumes [hoje no Público]:

‘E sobre a ministra das Finanças, estás a disfarçar que não viste a sua intervenção na comissão parlamentar? Vi, meu caro, e tudo aquilo me entristeceu. Foi como se o sentido de Estado estivesse ausente daquelas mentes. Uma defesa mal alinhavada, cheia de temas e documentos laterais, dando a sensação de se querer mostrar muita evidência e, afinal, "muita parra, pouca uva". O anterior secretário de Estado tinha dito de sua justiça, o que comprometia as meias verdades da acusação política que a ministra havia jogado. Agora ela responde com especulações e lateralidades de cunho pessoal, que determinaram réplica do visado. Nada disto é bom para o Estado. Não imagino nenhum ministro das Finanças, desde o tempo da ditadura militar, a deixar-se envolver e enredar nas suas próprias contradições e com elas tentar o arremesso político. Espero que a novela finde agora no Verão. Pois é, Tito, mas o mal está feito, o sentido de Estado dificilmente recupera com estes protagonistas. Valha-nos São Brás!’