quarta-feira, abril 09, 2014

— Paaaulo, quando és apanhado a mentir, como é que fazes?


    «Nuno Melo num debate com João Galamba na TVI24 no passado dia 3 de Abril (mais uma vez sobre as alegadas culpas do Supervisor no caso de polícia que foi o BPN), depois de ter esgotado os argumentos habituais, aventurou-se a desvendar que “as únicas propostas apresentadas em matéria de resolução bancária para se protegerem os depósitos dos clientes dos bancos são minhas” (*), deixando implícito que, se alguma coisa lá figura nesse sentido, a ele se deve. Tenho de o desmentir: Nuno Melo fez de facto algumas emendas no sentido de proteger todos os depósitos bancários em processos de resolução; só que todas elas caíram, chumbadas sem apelo nem agravo pelo seu próprio grupo político (PPE); a proteção aos depósitos que hoje existe no texto legislativo foi a que os membros socialistas conseguiram fazer passar! Convém não abusar da imaginação quando se fala para fins internos...»
      Elisa Ferreira, eurodeputada, no Facebook

O debate na TVI 24 a que faz referência Elisa Ferreira permite extrair três conclusões:
    1. Nuno Melo mentiu com quantos dentes tem na boca, confirmando que se trata de uma prática generalizada no partido de Paulo Portas.
    2. A única tarefa que Nuno Melo se propôs realizar ao longo dos cinco anos em que andou pelo Parlamento Europeu foi liminarmente rejeitada pelo próprio grupo político a que pertence o CDS.
    3. Pode ser areia de mais para uma cabeça como a de Nuno Melo, mas a tarefa a que aludiu não tem nada a ver com a supervisão bancária. Trata-se, no caso de ser necessário proceder à recapitalização de bancos, de uma hierarquia das perdas a assumir.

Como escreve Elisa Ferreira, convém não abusar da imaginação quando se fala para fins internos...

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(*) Citação completa: “Ficaria a saber entre outras coisas que as únicas propostas apresentadas em matéria de resolução bancária para se protegerem os depósitos dos clientes dos bancos são minhas. Não são de nenhum outro deputado de nenhum outro partido. Verificará que as únicas propostas existentes no Parlamento Europeu a solicitar que sejam distinguidos os depósitos dos privados dos depósitos das empresas, das pessoas coletivas, das fundações, das IPSS são minhas. Sabe porquê, senhor deputado? Porque quando acontece uma desgraça num país, como Portugal teve o seu equivalente no BPN, infelizmente para muitos – também do seu partido – a solução está na cativação dos depósitos das pessoas. (...) E se tivesse algum grau mínimo de conhecimento sobre esta matéria – por exemplo se tivesse falado com a sua colega deputada Elisa Ferreira – saberia que inclusivamente no relatório que foi de sua responsabilidade constam hoje emendas de compromisso que exatamente incluem estas minhas preocupações.”

16 comentários :

RFC disse...

Desde há uns dias, depois do que Nuno Melo disse no jornal i, que passei a olhar para a personagem com um sorriso suplementar. No seu curriculumzinho do PE, e é coisa de se ver porque nele até os rábanos ocupam um lugar destacado, apresenta uma exótica passagem proteccionista com os olhos marejados de lágrimas nas águas do vale do Ave natal: «[estive] na reacção em plenário contra a abertura do mercado europeu aos têxteis do Paquistão»... Pois se o mundo fosse justo, e como sabemos a Europa deixou de o ser!, o português Nunô Méllo seria hoje o construtor às direitas do cordão sanitário europeu.

Anónimo disse...

a grande questão é que o nuninho se safou bem pois não foi logo confrontado com a mentira. e vão continuar a escapulir-se entre os pingos da chuva.

Rogério Baptista disse...

E o Paaaulo responde: É fácil, Nuninho, avança que são só para as contas de mais de mil milhões!

Luís Lavoura disse...

Nunca se deve esquecer que este Nuno é aquele que usou da palavra num jantar de Natal do seu partido para desferir um violento ataque contra o líder do partido, que à altura era Ribeiro e Castro. Isto mostra bem o nível ético do senhor, e mais nada é preciso para sabermos o que devemos fazer com ele.

Morgado De Basto disse...

Este estagiário de sacristão,que à socapa,se embebeda todos os dias com o vinho fino do abade e compra tabaco no quiosque da esquina com as esmolas que consegue roubar aos santos,não passa de um pobre traste,servil e obediente ao bispo da diocese,que vai mantendo a pança cheia e as camisas engomadas.Rato de esgoto,é sempre rato de esgoto1

ignatz disse...

oh lavoura! e depois? deve ter sido a única coisa certa que o gajo fez na vida.

Anónimo disse...

"Um cristão não mente".

Anónimo disse...

já agora, este rapaz não merecia ir para o topo desta página, substituir a tirada do cavaco ? Eu voto nele, no "cristão que não mente".

james disse...

Caro RFC,

Melhor adjectivação e imperdível, como sendo o dito, o "dandy de Joane", feita por este Blogue, é impossível.

RFC disse...

Ah, essa é muito boa. Quando li a coisa no i, até pensei que a frase não seria apenas sentimental mas que entraria no deve e haver da contabilidade da campanha eleitoral do CDS (e assim tem + sentido porque é a Europa das Regiões lobbysta a bater forte nos corações do PPE, desconfio).

Anónimo disse...

"Um cristão não mente".

Até onde vai a falta de vergonha na puta da cara de betinho mal lavado deste Nuno Melo...que pessoa indecente.Gente que mente e vai á igreja bater com a mão no peito...gente que devia era ser escarrada todos os dias na rua, para que voltassem á merda de onde nunca deviam ter saido.
Pergunto-me que raio de pais deram tão má formação a um filho da puta destes...

Anónimo disse...

Tem mesmo ar de porco este papa hóstias Nuno Melo.

Anónimo disse...

Pois, compreende-se, seria demasiado ofensivo entrar-se na privacidade do dandy de Joane + os seus flirts com amiguinha correlegionária de partido.

A chamada "censura" munida de ética que se compreende perfeitamente....

Anónimo disse...

Mais um blog de comunas. Ide trabalhar malandros.

Maria Celeste Ramos disse...



Adoro "betinhos" Há quanto tempo os não via e que saudades Deus meu

RFC disse...

Abr 10, 07:42:00 da tarde

O CC agora tem um direitolas que só veste daquelas camisas às riscas das fábricas do Vale do Ave, é?