Duas questões colocadas a Maria de Lurdes Rodrigues na entrevista que deu ao Expresso:
- - Como vê a criação dos cursos vocacionais para alunos a partir dos 13 [anos]?
- O que estava instituído era que um jovem que chegasse aos 15 anos sem completar o ensino básico podia fazê-lo numa via profissional. Não com 13. Isso faz toda a diferença. O problema do insucesso existe e temos de arranjar soluções. Mas não é desistir e arranjar uns sítios para onde esses jovens vão. Isso é uma limpeza social nas escolas muito negativa e que vamos pagar daqui a dez anos, quando forem adultos com défice de qualificações.
- Esse foi o caminho da Alemanha.
- E que está a ser posto em causa. A OCDE recomenda uma escolaridade única de dez anos. Por causa dessa separação de vias, a Alemanha deixou de ter jovens suficientes para alimentar o ensino superior e tem de recrutar no estrangeiro os diplomados que tem em falta. Devíamos discutir estas questões importantes, como a introdução de exames no 4.º ano.
5 comentários :
tendo em conta que a Milu abriu as hostilidades contra a escola pública.. até estão bem um para o outro.
Este governo parece estar interressado em copiar aquilo que é mau que existe na Alemanha.Apenas o que é mau.
É preciso ver que esta Alemanha já nada tem a ver com a Alemanha de
Willy Brandt da década de 60 Prémio Nobel da Paz e grande amigo dos países subdesenvolvidos.O PS Português deve muito a Willy Brandt e ao seu partido irmão SPD que hoje , por vários motivos perdeu caracteríticas de partido de Esquerda.
A Milu abriu as hostilidades aos professores/sindicalistas que, apesar de serem professores,não faziam um cú de trabalho na escola desde que se alaparam aos sindicatos.
E esse é que foi o problema da Milu. Bastou tocar nas gorduras sindicalistas e caiu o carmo e a trindade.
Este governo atacou selvaticamente os professores ( como o demonstram os numeros do desemprego entre docentes) e que fizeram os sindicatos? Ora, como os delegados são todos do quadro...se cagaram nos professores, né?
Quem não os conhece que os compre.Tivessem posto o esforço que puseram em insultar e vilipendiar a Milu, a lutar de facto pelos direitos dos colegas contratados e talvez não tivessemos tido os despedimentos em massa que ocorreram.
Se há campo onde não se notou significativa diferença na governação foi na educação. Estes limitaram-se a continuar o caminho que já tinha sido iniciado. E se pensam que a contestação e a revolta nas escolas se deve aos "sindicalistas" então é porque estão completamente por fora e nada sabem do que lá se passa. Neste momento governo e sindicatos são alvos em partes iguais do descontentamento docente, já que com a sua traição na fase mais quente da contestação, assinando acordos derrotistas que esfriaram a contestação em troca de uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma, se tornaram úteis aliados na imposição de políticas que supostamente rejeitavam.
Quem diz que o Nuno Crato se "limitou" a "continuar o caminho que já tinha sido iniciado" por M.ª de Lurdes Rodrigues deve ser daqueles que vivem em Brutogal e só conhecem Portugal através do correio da manha ou da tvi.
Quadrúpedes...
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