segunda-feira, setembro 15, 2014

Não jogar um jogo viciado


• João Galamba, Não jogar um jogo viciado:
    «(…) As metas orçamentais foram sempre sendo ajustadas aos sucessivos fracassos e só foram cumpridas na exacta medida em que foram flexibilizadas. E a situação só correu melhor do que era esperado quando a política do governo foi travada, isto é, quando parte da austeridade que o governo tinha previsto executar foi considerada inconstitucional. Os aparentes "sucessos" dos últimos tempos não são a prova de que a austeridade funciona, mas o seu exacto oposto.

    Insistir em debater a política orçamental no quadro das chamadas de políticas de austeridade é, portanto, persistir num erro. E recusar jogar esse jogo significa tão só que, se o objectivo for mesmo o de afirmar uma alternativa a uma política que fracassou, então temos de sair do terreno que o actual governo e os seus apoiantes (alguns de forma inconsciente) nos garantem ser o único que existe. Que existe outro caminho não é uma promessa, é uma necessidade. É, aliás, o pressuposto de toda e qualquer projecto que se queira constituir como alternativa. E é um dos pressupostos da moção de António Costa às eleições Primárias no Partido Socialista.

    Ao contrário de António José Seguro - que, como Passos Coelho, considera que a actual situação se deve à irresponsabilidade orçamental do passado -, António Costa reconhece que os nossos problemas orçamentais são uma consequência da crise e nunca a sua causa; problemas esses que as actuais políticas só podem agravar. O Tratado Orçamental foi um erro porque institucionalizou a interpretação (errada) que a direita fez da crise; e, já agora, como se tem visto, porque não funciona.

    "Quem pensa como a direita pensa", quem se orgulha e faz gala de ter assinado o Tratado Orçamental como se estivesse a expiar uma culpa e quem não contesta a leitura que a actual maioria faz das causas da crise não é capaz de defender de forma coerente e credível uma reorientação dos objectivos estratégicos da política orçamental. (…)»

8 comentários :

james disse...

Há minutos, recebi um mail proveniente Seguro 2015, fundamentando-se na minha inscrição para o sucesso destas eleições primárias...


Mas isto agora é assim?

Anónimo disse...

Também eu!

Anónimo disse...

O mesmo aconteceu comigo. Quem é que facultou o meu endereço eletrónico à acandidatura do ajs?!
Com que justificação?!
Quem responde porb isto?!

Anónimo disse...

Afinal quem , no PS, protege os dados pessoais? Quem me garante que no dia da votação alguém não vá cruzar dados ?

james disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
james disse...

Tenho que presumir que Jorge Coelho, Maria Carrilho e Ribeiro Mendes tenham facultado equitativamente aos dois candidatos oe endereços electónicos dos inscritos.

soudocontra disse...

Idem, idem, aspas, aspas - Sujaram-me e contaminaram-me o computador!!! Fora com o ESCROQUE do Seguro. Fora com os canalhas que o seguram e fora com os canalhas comparsas, do governo mais servil do capitalismo internacional neo-fascista, que o nosso país alguma vez teve e que está a destruir tudo o que é/era social, com a conivência de Seguro, o que nunca pansei que se passasse no pós 25A74!
MCTorres

Anónimo disse...

Também eu.
Inscrevi-me para votar em António Costa e contra a miserável campanha de Ajs.
Espero que a candidatura de António Costa tenha igual acesso aos cadernos eleitorais.
Mais: exige-se que os cadernos eleitorais sejam tornados públicos.