sábado, janeiro 06, 2007

Sugestões de leitura

O que é justo, é justo. Eduardo Dâmaso não tem sido poupado no CC. O pequeno arquitecto Saraiva muito menos. Mas hoje estou, no essencial, de acordo com ambos.

Dâmaso publica um lúcido editorial sobre a justiça, de que se reproduz o seguinte extracto:

    “(…) Alberto Costa, com a sua equipa, como já escreveu o professor Nuno Garoupa, uma voz da geração pós-25 de Abril que emerge na área da justiça com grande lucidez, tem trabalhado no sentido certo. Tem indicado uma linha de racionalização de recursos, de inovação tecnológica, de flexibilização, de definição de prioridades, de procurar espremer o sistema dentro dos limites legais existentes, tentando tirar dele o melhor partido. Não terá mudado de paradigma, é certo, no sentido de mitigar a matriz dogmática e formalista da justiça portuguesa a favor de soluções mais ágeis que assumam o direito e a justiça como instrumentos de uma visão política, como acontece no mundo anglo-saxónico, mas conseguiu em dois anos apontar a máquina pelos caminhos certos.

    E esses caminhos passam por apressar o trabalho ainda a fazer sobre o acordo assinado entre PS e PSD. Passam por encontrar uma boa e duradoura solução que retire o famoso "lixo processual" das varas cíveis. Passam por uma boa reforma do mapa judiciário e por dotar os conselhos superiores das magistraturas dos meios necessários a um bom funcionamento. Só assim se poderá exigir mais aos órgãos de cúpula das magistraturas. Passam por acelerar as mudanças na área da formação e por uma definitiva informatização dos tribunais. Passam por muitas outras coisas que seguramente poderão estar encaminhadas em 2007, mas que dificilmente produzirão os "progressos claros" que o Presidente quer.”

O pequeno arquitecto Saraiva, que descobriu agora que Maria José Morgado foi destacada para coordenar o processo Apito Dourado, dá conta do que pensa da magistrada. Eis uma passagem:

    “Fisicamente, Maria José Morgado surge-me como uma personagem de teatro, saída de uma peça em cena em Montmartre.
    Depois, não consigo ler-lhe o interior, acho-a misteriosa e opaca.
    Finalmente, contradiz a ideia que eu tinha da Justiça.
    A ideia que formei dos magistrados foi a de pessoas rectas, equilibradas, que não fazem acusações sem provas e não lançam suspeitas de forma generalizada.”

E uma outra passagem do artigo de Saraiva:

    “Houve outro facto envolvendo Maria José Morgado que me deixou perplexo: a sua carta de demissão de directora-adjunta da PJ.
    Era uma carta rabiscada à mão, cheia de rasuras, dirigida ao «DN da PJ Dro. (sic) A. Salvado» e escrita numa letra inenarrável indiciando uma 4ª classe mal tirada.
    Uma carta assim não se escreve a ninguém.
    Se a queria escrever à mão, devia ao menos tê-la passado a limpo.
    E uma pessoa normal tem o dever de saber que a abreviatura de doutor é Dr. (e não Dro.) e que não é aceitável omitir o nome próprio do destinatário (no caso, Adelino).
    Para além de que seria correcto escrever Director Nacional da Polícia Judiciária e não DN da PJ.”

6 comentários :

Anónimo disse...

É superior
É dar ao desprezo
E, sendo assim, aí está ela
O Salvado para se ver livre daquela praga até num pedaço de rolo de papel higiénico aceitava a demissão
Deram-lhe corda
Agora aturem-na
É balofa

Anónimo disse...

Ao não comprar o papel do Saraiva julgava que poupava os 2,5 € (é 2,5?)mas afinal poupo muito mais. Poupo-me estas coisas. Lei-o o José Lelo que tem mais piada.
Ana

Adriano Volframista disse...

Miguel

Mas a verdade é que MJMorgado dirigiu a investigação do primeiro processo que condenou Vale e Azevedo, sem espinhas.
Cumprimentos
Adriano Volframista

Anónimo disse...

Amigo Miguel - v/ não gosta mesmo nada da Senhora Procuradora!
É bom sinal que aqueles que não gostam da Senhora apenas tenham contra ela a má caligrafia e a redacção brasileira standard.
Folgo em saber que o CC não tenha encontrado entre as más qualidades da MJM a preguiça, a venalidade, a incompetência e a falta de coragem.
Que a Sr.ª MJM cause insónias aos mafiosos, ainda vá que não vá, mas a si ... Miguel ... que lhe cause azia!!!!! ... já me surpreende um pouco.
Xantipa

Anónimo disse...

A "Mizé" (Morgado), que até escreve prefácios de uma porcaria de livro de um tal Paulo Morgado ("Contos de Colarinho Branco"), se vier a "apurar" "crimes" como os descritos em tal despudorado livro, só estará a fazer um "romance" pior que o dito livreco.

A "Mizé" (uma vez maoista, sempre maoista) quer combater o imperialismo capitalista através do combate à SUA "corrupção".

Uma "Mizé(ria").

Anónimo disse...

diz o velho ditado que "mais vale cair em graça do que ser engraçado".
A Dra. Mª. José Morgado, caiu na graça de uma certa imprensa, de que ela aliás usa e abusa com mestria, e que a alcodorou aos pincaros.
Continuando na senda dos ditados populares também se diz que quanto mais alto sobe, maior a queda.
O que lhe valerá é a rentável industria dos pareceres juridicos fiscais dados pelo seu bondoso marido (o inefável Saldanha Sanches) a quem tudo o que é banco, emprea financeira, e congénere recorre.