domingo, novembro 25, 2012

A máquina de demitir pessoas que se mantém sempre em pé

Pedro Rosa Mendes, ex-colaborador da Antena 1
Maria José Oliveira, ex-jornalista do Público
Demissão do conselho de redacção do Público
Guilherme Costa, ex-presidente da RTP
Nuno Santos, ex-director de informação da RTP

Eduardo Cintra Torres é um fervoroso apoiante deste Governo e foi uma das pessoas nomeadas pelo Dr. Relvas para a comissão incumbida de definir o serviço público de rádio e televisão. Por isso o seu depoimento tem um valor acrescido (ainda que só este cronista se lembrasse de insinuar que o Dr. Relvas segue um caminho distinto e autónomo do percorrido por Passos):
    ‘O segundo caso é este: Nuno Santos foi vítima de uma cilada para colocar a Direcção de Informação (DI) da RTP ao serviço do governo. O assunto ficara esclarecido com o Conselho de Redacção, a Comissão de Trabalhadores e o "director-geral" Luís Marinho (entre aspas porque o cargo continua ilegal), e, através deste, com a administração.

    Apesar disso, o caso foi reavivado três dias depois pelo "director-geral" e pela administração. Porquê? A meu ver, o "director-geral", o ministro Relvas, e o seu homem na administração, Alberto da Ponte, aproveitaram o caso para desgastar Santos, que vinha a desenvolver uma informação mais independente do poder político, desagradando a Relvas e relvistas na RTP. Apesar de esclarecido o assunto, os relvistas, pensando melhor, concluíram que podiam explorar o caso. Santos, percebendo a cilada, demitiu-se. Foi uma cabala própria dos mais ruins regimes de propaganda, autoritarismo e desinformação. O resto é fumaça, como o inquérito sumário e pré-decidido, tipo pré-25 de Abril, que Ponte mandou fazer. Ponte, cuja capacidade de gestão ainda não se viu, politicamente provou a sua submissão ao ministro Relvas.’

A verdade é que se vem confirmando a profecia do Dr. Relvas quando foi ouvido na ERC sobre o caso da jornalista Maria José Oliveira: “Vou sair mais forte.” Ele fica, os outros são despedidos.

2 comentários :

Manuel CD Figueiredo disse...

É o que faz não ter formação cívica nem cultural, e além disso tornar-se dono das freguesias (reforma administrativa) e doutras "lojas". Falo de Relvas.
Como não podia deixar de ser, enlameia-se, chafurdando. E traz de volta o lápis azul...
Ele, e outros que tais, metem-me nojo!

james disse...

Por muito independente que queira parecer nestes assuntos dos media, este Cerejo é um autêntico escarro.