quinta-feira, março 07, 2013

Mais troikista do que a troika

• Manuel Caldeira Cabral, Mais troikista do que a troika:
    ‘Num quadro em que a Grécia obteve não só um prolongamento dos empréstimos por 15 anos, como um período de carência, sem pagamento de juros por 10 anos, e ainda uma redução da taxa de juro, cabia ao nosso Governo reivindicar condições semelhantes.

    O Governo português não o fez.

    Ficou à espera da Irlanda. E só a reboque da Irlanda pediu o prolongar dos prazos. Mesmo aqui, a Irlanda assumiu uma posição clara e reivindicou um prolongamento de 15 anos, enquanto o Governo português se mostrou disposto a aceitar uma extensão de prazos de apenas cinco anos.

    Depois da atitude de ir além da Troika, que ajudou a lançar o país numa recessão muito superior à que a Troika previa, sem conseguir os resultados de redução do défice esperados, o Governo português parece agora ter menos abertura negocial do que a própria Troika, na revisão de prazos, ou na reivindicação de melhores condições de financiamento para o país.

    A Irlanda, onde há um problema financeiro, mas não há um problema económico, de competitividade e crescimento tão acentuado como em Portugal, tem um governo que não hesitou em reivindicar melhores condições. O Governo português, reivindica apenas uma recalendarização dos pagamentos, que vai a prazo facilitar a parte financeira, e parece não querer mais do que um pequeno ajustamento do calendário da redução do défice, que deve apenas servir para cobrir o desvio que já era previsível.

    Perante um cenário externo mais desfavorável e um agravar das condições internas muito além do previsto, em resultados da política de consolidação seguida. Perante um consenso europeu que começa a reconhecer que a excessiva consolidação na Zona Euro e a penalização exagerada dos países do Sul da Europa está a dar maus resultados. Perante uma Troika mais aberta a rever o seu caminho, sabendo que também está a ser avaliada pelos erros de avaliação que fez. O Governo teima em ir além da Troika, ficando aquém do que devia estar a reivindicar na revisão do programa de ajustamento português.’

3 comentários :

josé neves disse...

Diz o articulista:
"Mas, é preocupante que as exportações portuguesas, depois de terem registado um dos crescimentos mais altos da zona euro entre 2005-2011, estejam agora a cair"
E porque foi que, precisamente entre 2005-2011 cresceram tanto)
E porque será que depois decresceram?

O paulinho das feiras quase já tantas viagens de diplomacia económica como cavaco, Soares e Sócrates todos juntos, a terra move-se e no entanto as exportações decrescem.
Ó paulinho manda o teu melinho Nunémulo explicar que a culpa é do Sócrates; o pandego diria logo "porque o gajo não fez os contractos para uma década completa só para fazer mal aos portugueses.

Anónimo disse...

Estes cabrões já sabem que perderão as eleições em 2015.
Estão lá e ficarão até ao fim para dar seguimento aos interesses que os puseram lá.
De caminho, adiando o mais possivel o segundo resgate , piorando o mais possivel as condições negociais do pais e escavando um buraco ainda mais fundo do que o que escavaram até agora, estes fdp estão a minar por completo o caminho do governo que sairá das próximas legislativas.
E fazem-no rindo-se que nem uns pandegos.
Ou esta gente sai, e já, ou este país tornar-se-á mesmo ingovernavel.
Nessa altura, quando estiverem a fazer as malas para fugir talvez levem com o castigo que há muito andam a pedir. Quem tudo quer...

Olimpico disse...



Quem diria, o MAGALHÃES, a "menina dos olhos de Portas" 5 milhões só na Venezuela!!! Logo a Venezuela e a China.....Recordar as "AFRONTAS" destes GAROTOS contra a idas de Sócrates a esses Países, dá vontade de VOMITAR em cima da cara deles.