quinta-feira, março 07, 2013

Populismo doméstico

• Hugo Mendes, Populismo doméstico:
    ‘(…) as recentes declarações de Freitas do Amaral sobre Sócrates são reveladoras, ao insistirem na explicação fulanizada daquilo que já devia ser visto como um problema sistémico. Afinal, tudo parece resumir-se ao ex-PM não ter querido "cortar na despesa".

    2. Esta opinião só pode resultar de um desconhecimento fáctico - Freitas deve ignorar tanto as duras medidas do OE2011 como as previstas no PEC4 - e da incapacidade de compreender como a Zona Euro chegou à crise das dívidas soberanas: como a sua arquitetura institucional condicionou o desenvolvimento da periferia; como a UE acordou em 2008 com os Estados um aumento do investimento público para minorar o impacto da maior crise dos últimos 80 anos; como na ausência de soberania monetária, de um orçamento federal, e de um banco central com um papel de prestamista de último recurso os países com défices mais altos ficariam à mercê dos mercados; como cortar a eito em 2010 não resolvia nada (e teria impedido o país de crescer 1,9%), porque qualquer consolidação só fazia sentido numa ação concertada com o BCE e a Comissão, como contrapartida de estabilização dos spreads da dívida pública (o PEC4).

    3. Freitas parece seguir a estratégia absurda que trata de modo assimétrico o período entre 2008 e a primeira metade de 2011 e aquele entre a segunda metade de 2011 e o presente. No primeiro, a crise internacional e a incoerência institucional da UE são irrelevantes; no segundo, a economia europeia e as decisões do BCE já são variáveis-chave para a recuperação portuguesa. Enquanto as elites nacionais não fizerem uma Revolução Copernicana e substituírem a explicação fulanizada pela análise sistémica de como a Europa chegou à crise de 2010 que ainda se prolonga, não contribuiremos para combater os populismos europeus que bloqueiam uma solução para a crise.’

7 comentários :

Conde de Oeiras e Mq de Pombal disse...



Perder tempo a comentar Freitas do Amaral é consumir cera com um ruim "defunto". Defunto político, intelectual e moral. Sobejo de um tempo que já se finou.


Não sobrará nem sequer um parágrafo a esta emproada nulidade, na História Pátria...

Anónimo disse...

Sócrates abriu o seu Governo a gente deste calibre moral(Freitas do Amaral) que, agora ,lhe paga nesta moeda!!

Anónimo disse...

É do reviralho pá! Já viram o novo blogue sensação: http://oreviralhopa.blogspot.pt/

Anónimo disse...


E será que reitas do Amaral disse alguma mentira, corja socrática da treta.-

Lambisgóia disse...


Não disse mentiras nem verdades, disse apenas disparates, ó maluquinho lobotomizado.

Anónimo disse...

O Freitas anda a precisar de tacho, ao que parece...
Socrates devia ter-lhe pregado um valente pontapé no cú quando teve oportunidade.
Gente deste calibre não vale o ar que respira.
Para a arrastadeira : vai trabalhar estupor que é para isso que te pagamos. Larga a net e vai fazer alguma coisa, que quando o tacho for ao ar podes estar na linha de fogo para "novas oportunidades"

Olimpico disse...


O que são as élites ? São iguais ao ANÓNIMO que aqui tenta insultar?

AS élites vão continuar até à "nausea" culpar pela crise um homem. Se assim não fosse, já lhes teriam batido à Porta....Mas não vão evitar que isso aconteça, dado quie a nossa justiça está a ficar colada à parede, e vai ter que atuar, e mais cedo que tarde, vão bater-lhes à porta.....Nessa altura não haverá "ARRASTADEIRAS ANÓNIMAS" que os salve.