sábado, abril 12, 2014

O Estado paralelo

10 comentários :

Anónimo disse...

Pela minha própria experiência aquando de uma colaboração de alguns meses numa IPSS do Algarve, dirigida por um grupo de pessoas bem instaladas na vida, posso afirmar que de solidariedade só o nome. Os/as colaboradores(as) eram , de facto, solidários/as , porque prestavam serviços médico-psico/sociais quase ou totalmente à borla ( no meu caso totalmente à borla).Os subsídos estatais serviam apara pagar funcionários(as) efectivos(as). Campanhas de angariação de fundos sempre com algum sucesso. Serviços prestados eram, porém, pagos e bem pagos pelos utentes, necessitados ou não. Familiares dos órgãos sociais,eram isentos de pagamento com a justificação de que as pessoas que compunham esses mesmos órgãos já 'pagavam' com o tempo que dedicavam à causa! Resumindo e concluindo: todos praticavam solidariedade menos aquela gente que criou a dita IPSS por razões e interesse pessoal.(Ao aperceber-me da intrujice , afastei-me mas a IPSS, segundo me informam de dentro, lá continua , agora melhor que nunca, dados os apoios dos actuais governantes quer locais quer nacionais.
P.S. -Não haverá por aí , algum(a) senhor(a) jornalista a querer fazer uma investigação ao que se passa em algumas dessas IPSS's?.Deve ser um 'mundo' como o dos colégios privados, da saúde, etc,!?

Victor Nogueira disse...

A isso se poderia acrescentar a miríade cada vez mais concentrada de estabelecimentos privados de saúde sujeitos à lógica da maximização do lucro que prestam "serviços" na área das análises clínicas e de meios complementares de diagnóstico e noutras como hemodiálise, por alegada "insuficiência" do Serviço Nacional de Saúde, que de facto é a rectaguarda de apoio as intervenções cirúrgicas dos hospitais privados, esmagadora maioria dos quais comparáveis às privadas universidades de lápis e papel ou às privadas escolas que vivem de cheques-ensino enquanto se desmantela a rede pública de ensino, para a qual, tal como para o SNS, não há dinheiro,

Olimpico disse...


Tal como previ, parece que se terão verificados atos de corrupção no BANCO ALIMENTAR...Anda aí muito dinheiro e muitos alimentos à solta..... Mas quem sabe a quem foram entregues os 5o milhões retirados ao complemento atribuido aos velhotes, para entregar, SEM controlo às cantinas Sociais ( melhor dizendo, cantinas sociais ou Sopa dos pobres ?) mas dizia eu Quem controla ? Será que vamos ter mais surpresas ? Esta direita´prefe o estender a mão, do que a dignidade. Eles sabem que era assim "antigamente"..

Anónimo disse...

O simples facto de darem mais importancia á distribuição gratuita de sopas do que ao complemento social para os idosos em dificuldades mostra bem o tipo de gentinha que enfrentamos : a mentalidade tacanho-burguesa de outros tempos está bem patente em todos os actos deste governo. Pergunto-me que raio de educação esta gentinha teve para se portarem como verdadeiros animais no que respeita á governação do próprio povo...Terão sido uma desilusão para os respectivos progenitores ou o corolário de um ódio que sempre existiu contra o 25 de abril, pelos burgueses que nessa altura foram despojados ?
Seria talvez um exercicio interessante saber de onde vêm estes merdas todos, de que familias, onde estavam durante o 25 de abril...

Anónimo disse...

1,2 mil milhões? Esses dados, presumo que sejam apenas os da carta social e dos orçamentos do Estado. E os apoios das autarquias locais (Camaras e Freguesias)? E os das Empresas Publicas? E os das Fundações Públicas? Associações Públicas? Benefícios Fiscais? Etc etc

Anónimo disse...

Sugiro que passem um só dia das vossas vidas, como voluntários, numa IPSS (obviamente falo das dignas desse nome) e sugiro também que procurem acompanhar todos os serviços prestados (apoio a idosos em regime de centro de dia, apoio a crianças desfavorecidas, apoio domiciliário a idosos em cuidados de higiene, alimentação e sanitários, etc...), depois podemos conversar aqui sobre se esses milhões são bem ou mal gastos.

Anónimo disse...

Não se pode nem se deve generalizar.A maioria das ipss, prestam serviços inexcedíveis às pessoas.Convém conhecer e perceber.É muito dinheiro? Existem milhares de ipss em Portugal.Só podemos dizer se é muito ou pouco, se soubermos para quantas são e para quê.E é ainda preciso analisar o seu custo/benefício. E convém não esquecer que o "dinheiro do Estado" é o dinheiro dos contribuintes. E que os contribuintes esperam, uma justa e acertada redistribuição/aplicação dos dinheiros que "dão" no seu dia a dia, a um Estado cada vez + exigente.O que se quer, é que haja cada vez +, melhores serviços para as pessoas. Com menos custos para todos, que é o que a maioria das ipss faz.

Ser Solidário disse...




Eu pago TODOS os Impostos devidos ao Estado. Tal como muitos portugueses, MAS INFELIZMENTE NÃO TODOS.


Tirando isso, NÃO DOU NEM MAIS UM TOSTÃO para este tipo de agremiações.


Há por aí já tanta gente, no meio do nosso caminho diário, de quem podemos ser diretamente solidários, que estas agremiações não precisam de encher mais o papo com os nossos trocos.

Anónimo disse...

Quantas ipss há em Portugal - Misericórdias incluidas? Que tipo de serviços prestam? Quanto custa prestar - com qualidade - esses serviços?Quantas pessoas beneficiam da ação das ipss? Analisando tudo isto, será que o dinheiro transferido - que o Estado vai buscar aos cidadãos - é muito, ou afinal...até nem é assim tanto? E o Estado faria + barato? Conheço ipss e misericórdias que apoiam idosos - durante algumas horas ou 24h durante os 365 dias do ano-,pessoas com deficiência,doentes crónicos,crianças em risco, pessoas vítimas de violência,toxicodependentes,desempregados de longa duração,etc,etc,...
Quanto vale tudo isto?Na ação social,ao quanto custa, deve estar associado o quanto vale.Porque falamos de pessoas, a maior parte das vezes, em situações de fragilidade e desamparo.
E tem de haver instituições para além do ser solidário com o próximo ( familiares ou não).
Da minha experiência direta,afirmo, bem hajam as
instituições que prestam apoio domiciliário, aos idosos em suas casas.

Anónimo disse...

Não sei a que tipo de IPSS se refere o articulista.Porém, convido-o a fazer parte de uma para saber dos enormes problemas com que diariamente se defrontam . É muito dinheiro ? Eu digo que é pouco e os colaboradores ganham mal. Já não estamos no período dos antigos asilos. Hoje as IPSS não fazem caridade, mas solidariedade e integração social. Isso custa muito dinheiro e toda a acção é fiscalizada por muitas entidades. Não se vai tirar um idoso ou uma pessoa com deficiencias para um qualquer depósito na capital deste reino. Localmente, desde as instalações adaptadas e tratadas desde o apoio domiciliário, gastos com viaturas , energia , alimentação etc, etc, querem mais ? Esses senhores que estão à frente dessas IPSS, ganham zero e nem podem ter negócios com elas. A solução é muito fácil. Esses beneméritos de garganta que dêem um passo em frente e assumam uma qualquer IPSS, mas que aquente lá um mandato inteirinho, para gozar essas "benesses" que apregoa.Depois conversamos e temos de fazer contas de quanto perdeu.