António Correia de Campos, hoje no Público:
- «Tinha prometido a mim mesmo não escrever hoje sobre o PS. Mas uma intervenção de Seguro em Santarém, tirou-me do sossego: se bem interpreto os excertos televisivos, Seguro conforta os ribatejanos presentes contra a alfacinha dominância (de Costa). A verdade não estaria com os litorais, mas com os montanheiros, a autenticidade mora no interior pobre e desprezado e não na cosmopolita capital de “muitas e desvairadas gentes”. Este discurso é falso, politicamente vazio e demagógico. Além do mais visa criar divisões que nunca existiram. É falso, por estar longe de demonstrada a sua dominância no interior, bem ao contrário. É politicamente vazio, por não defender realmente o equilíbrio territorial, apenas tenta criar capital de queixa, sem uma ideia adiantar. É demagógico, por não acertar nas diferenças entre candidaturas, apenas em supostos comportamentos, onde a história regista um rasto de cadáveres políticos na luta entre jacobinos e montanheses. Finalmente é divisionista por tentar criar a cizania num partido que sempre foi tão interclassista como geograficamente bem distribuído.»
2 comentários :
Semear divisões onde elas não existem, lançar portugueses uns contra os outros, eis aqui, canhestramente interpretada, como de costume, por este pobre Seguro, a metodologia habitual do seu ídolo político - o medíocre Coelho da Tecnoforma.
"Se pensarmos como a direita, acabamos a governar como ela".
A cada dia que passa Seguro e os que o apoiam revelam ao que realmente vêm. O discurso parece decalcado do discurso da direita que nos governa.
Acho que, para quem estiver atento, está bem claro que Seguro não serve os interesses não só do PS mas também os do país.
Acho também que já se percebeu quem está verdadeiramente do lado da esquerda. Não é o lado de Seguro.
Enviar um comentário