sexta-feira, janeiro 06, 2006

A história de Heidi Neidi

Neidi, como muitos outros cidadãos brasileiros, veio até à Europa à procura de melhores condições de vida. Encontrou um porto de abrigo no Sr. Bacalhau, SA, restaurante do Centro Comercial Colombo, em Lisboa. Teve a felicidade de, entretanto, se cruzar com Ernesto Moreira, director do Departamento de Administração Geral do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça (IGFPJ), que viu em Neidi qualidades para “coordenar a logística do depósito público de Vila Franca de Xira”. Estando em curso a reforma da acção executiva, juntou-se a fome com a vontade de comer: Neidi salta directamente do balcão do Sr. Bacalhau para as prateleiras do depósito público de Vila Franca de Xira. Foi o próprio director que sugeriu a Neidi que concorresse e, depois, a seleccionou, tendo entendido que “não era preciso” abrir “nenhum concurso” para o preenchimento do lugar. “Houve mais candidatos”, disse Ernesto Morais, mas a brasileira era quem estava mais habilitada a preencher o lugar: além da inequívoca experiência profissional no Sr. Bacalhau, possuía uma licenciatura em Geografia pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Ao contrário de outras histórias cor-de-rosa, esta terá acabado mal. O ministro da Justiça, segundo a rádio, ao ler pela manhã o Independente, terá dispensado de imediato os serviços de Neidi e do dirigente que a recrutou.

Estando em curso reformas relevantes no âmbito da justiça, algumas das quais mexem com privilégios vetustos da magistratura, não deveria o ministro saber que a actividade do ministério que tutela é esquadrinhada diariamente por todos aqueles que, de uma forma ou de outra, verão os “direitos adquiridos” serem restringidos? É bom não nos esquecermos que o IGFPJ, de entre o vasto leque de competências de que está incumbido, procede à gestão do pessoal do Conselho Superior da Magistratura e tem sob a sua alçada a gestão das casas de habitação atribuídas aos juízes e aos magistrados do Ministério Público, bem como a gestão do subsistema de saúde agora retirado aos operadores judiciários. Como é evidente, a foto que aparece na capa do Independente não é a do dirigente que recruta pessoal para a administração pública no Sr. Bacalhau. Os tiros no pé pagam-se caro em política.

16 comentários :

Anónimo disse...

Tanto Santo junto (parece um Panteão) - Santa Heidi, Santo Bacalhau, Santo Ernesto, Santo Costa... Só falta o Arcanjo S. Miguel para o ramalhete ficar composto...

Então os malvados dos Juizes puzeram-se a "esquadrinhar"...? Fogo neles...

Anónimo disse...

"Os tiros no pé pagam-se caro em política."

E as defesas dos mesmos também...

Tantos S. Martinho a ajudar os pobres e a capa que é tão curta - vê la se não te constipas "Miguel"...

Anónimo disse...

O que se espera desta administração pública, eles e que mandam, tudo podem fazer estão sempre imunes pelos sindicatos.

Se numa empresa privada esta cena se passasse, o que poderia acontecer era processo disciplinar, tendo como conclusão o olho da rua, sem direito a indeminização e sem subsidio de desemprego e muito menos com direito a reforma.

Como é no estado, coitado funcionario, ate nem tinha condições de trabalho, cujo frio no inverno lhe provoca gripes e no verão, coitado tranpira o que lh provoca sonolencia.

É o país de funcionarios publicos, mas quem lhes paga é quem trabalha por conta de outrem.

Casos destes devem ser as centenas e fora os concursos publicos, por isso e que eles estão agarrados á leitaria Barca de Alva

Anónimo disse...

Na CP o Responsável pela admissão cruzada de três colegas administradores da Refer, no tempo de Mexia, não se DEMITIU, lá continua como Presidente.
Neste caso, O Presidente do IGFPJ demitiu-se de imediato!
Sempre há diferenças.

06.01.2006 - 18h16 Lusa

O presidente do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça (IGFPJ) apresentou hoje a demissão, que foi aceite, na sequência da requisição de uma funcionária sem concurso, disse à Lusa fonte do Ministério da Justiça.

Anónimo disse...

só dás tiros nos pés Miguelito. Vê lá não acertes tu também nos teus P.S. ( Padroeiros Santos ).

Anónimo disse...

Redacção
Tema: O Costa (de Macau)

O Costa (de Macau) é um Ministro. Eu gosto muito de ministros, pois (alguns) servem para a nossa alimentação.
O Costa (de Macau) é um Ministro muito altruista pois alimenta a Dutra, o ITJI, a Heidi, o Marco, a Maia, o Miguel Abrantes e outras personagens mitológicas e até os Juizes (que, desde que começaram a ver come criancinhas não merecem o que comem).
Eu quando for grande quero ser como o Costa (de Macau) e se não puder ser quero ser como o Costa (de Goa), o Sócrates Kenio-Alpino ou como o Miguel Abrantes...

Anónimo disse...

Redacção Corrigida
Tema: O Costa (de Macau)

O Costa (de Macau) é um Ministro. Eu gosto muito de ministros, pois (alguns) servem para a nossa alimentação.
O Costa (de Macau) é um Ministro muito altruista pois alimenta a Dutra, o ITJI, a Heidi, o Marco, a Maia, o Miguel Abrantes e outras personagens mitológicas e até os Juizes (que, desde que começaram a ver quem come criancinhas não merecem nada, nem o que comem).
Eu quando for grande quero ser grande e inteligente como o Costa (de Macau) e se não puder atingir tal desiderato quero ser como o Costa (de Goa), o Sócrates Kenio-Alpino ou como o Miguel Abrantes...

Classificação - Mediocre

Anónimo disse...

O Costa, que pressionou um juiz em Macau.
Os amiguinhos em defesa de Costa em Macau, conseguiram que o despacho que o exonerava fosse alterado.
O Costa em Macau foi comtemplado com um estudo que lhe encomendaram de milhares de contos, como compensação pela sua cessação forçada do seu tachinho.
O Costa em Macau prometeu, em acordo de cavalheiros, não demandar em consequêncio do despacho que o exonerou.
O Costa, mentiroso como sempre, demandou e ganhou e recebeu.
O Costa andou desde aí de tacho em tacho.
O Costa contratou a Dutra.
Mas o anjinho do Costa nada teve a ver com a contratação da Neidi.
O santinho do Costa.
Para mim a justiça não tem ministro.
O Costa nunca será um verdadeiro ministro.
É um tachista

Anónimo disse...

Um certo Secretário-Geral do PS teve um cão chamado Gastão, fiel e atento como o Miguel (se o Miguel já "existisse" quando surgiu o cão talvez o seu nome fosse outro...).

O Gastão original era do Zeca:

"Gastão era Perfeito (José Afonso)

Gastão era perfeito
Conduzido por seu dono
Em sanolências afeito
Às picadas dos mosquitos

Era Gastão milionário
Vivia em tapetes raros
Se lhe viravam as costas
Chamava logo a polícia

Em crises de malquerência
Vinha-lhe o gosto pela soda
Mas ninguém se abespinhava
Que enviuvasse às ocultas

Nem Gastão se apercebia
De quanto a vida o prendara
Entre estiletes de prata
E colchas de seda fina

Gastão era deste jeito
Fazia provas reais
Gastão era um parapeito
De Papas e Cardeais

Vinha-lhe só por fastio
Nos tiquetaques da vida
Um solene desfastio
Pela mãe que era entrevada

Mandava bombons recados
Por mensageiros aflitos
Não fora Gastão dos fracos
E já seria ministro

Conheci-o em Alverca
Num bidon de gasolina
Tinha um pneu às avessas
Mas de asma é que sofria

Nos solestícios de Junho
A quem o quisesse ouvir
Dizia que era sobrinho
Do Fernão Peres de Trava

Querem saber de Gastão?
Vão ao Palácio da Pena
Usa agora capachinho
E gosta de codornizes

Tem um sinal que o indica
Como o mais forte Doutor
Espeta o dedo no queixo
E diz que é Nosso Senhor"

É bonito ver a fidelidade canina de certas personalidades - até o Costa de Macau deve estar embevecido - eu, que não conheço Miguel, estou...

Anónimo disse...

Dom Jan 08, 02:59:27 PM


Só faltava aparecerem juizes poetas .... A classe está de todo ....

Anónimo disse...

No Ministério da Justiça, a culpa não morre solteira, mas é obrigada a casar-se com os "Directores de Departamento".

É curioso ver o Sr. Abrantes, "Esquadrinhador Mor" do reino comentar o "esquadrnhar" alheio do Ministério da Justiça.
Deliciosas ironias da vida.

Anónimo disse...

Miguel era perfeito
Conduzido por seu dono
Em sanolências afeito
Às picadas dos Juizes

Era Miguel milionário
Vivia em tapetes raros
Se lhe viravam as costas
Fazia queixinha ao Costa

Em crises de malquerência
Vinha-lhe o gosto pela trica
Mas ninguém se abespinhava
Que só falasse do que queria

Anónimo disse...

Então um é de Macau, outro de Goa... São todos ministros? E nós é que somos colonialistas!

Anónimo disse...

São resquícios do Império (reparem que a Escravatura já acabou há muito e ainda há quem se comporte como eunuco defensor de harém na própria Internet...).

Anónimo disse...

Miguelices...?!?

Anónimo disse...

Isso do harém será piada ao Ministro Costa - primeiro contrata uma jornalista desportiva para fazer página da net, depois mete a brasileira ao serviço...

Só não vejo quem seja o eunuco de serviço...