sábado, outubro 14, 2006

Reflexo de Pavlov

Mário Soares, “um senhor idoso, que já foi presidente de todos os portugueses”, fez, “no meio de umas graçolas”, críticas às corporações em geral. Como, afinal, o “dito senhor estava a citar um brasileiro”, referiu-se ao “corporatismo”. O “brasileiro” em causa era um ex-presidente do Brasil e professor catedrático, Fernando Henrique Cardoso, cujo último livro foi apresentado precisamente por Mário Soares, um político “fora de época”, que lia passagens da obra agora lançada em Portugal, quando a TSF captou as suas palavras.

Acabei de citar um post de um tal Manuel Soares, titular de um órgão de soberania e respeitado secretário-geral de todos os juízes portugueses.

Não foi preciso Mário Soares especificar a que corporações aludia para que o Senhor Secretário-geral da Associação Sindical dos Juízes Portugueses mordesse, com sofreguidão, o isco. Depois ainda se diga, pensando na linguagem chocarreira do blogger Joel Timóteo, que uma andorinha não faz a Primavera.

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