quinta-feira, dezembro 06, 2007

Precariedade do trabalho – Bem prega Frei Manuel…


Chairman

Vice chairman

Administradora
(pelouro da função pública)



A CGTP, que foi, em tempos, um poderoso grupo económico com interesses muito diversificados, abandonou os seus negócios no sector primário, reduziu a sua carteira de participações no sector secundário e aposta cada vez mais no sector terciário (subsector público administrativo).

O emagrecimento do Grupo e o redireccionamento das actividades não deixaram de se repercutir nas suas contas consolidadas. É por isso que a holding teve de investir em domínios como a formação profissional, um nicho altamente lucrativo devido aos subsídios que vêm da “Europa”.

É neste contexto que surge a Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, que se estende por sete diferentes pólos. Não será propriamente uma PME, pois possui 157 professores, dos quais apenas 41 pertencem aos quadros da escola. Por outras palavras, a escola da CGTP tem 116 professores precários, os quais, muito embora tenham os mesmos deveres dos integrados no quadro, não têm subsídio de férias nem de Natal, pagam do seu bolso a contribuição para a segurança social e, se tiverem o azar de perder o posto de trabalho, não terão subsídio de desemprego.

Ouvida pelo Expresso (de 1 de Dezembro), Maria Emília Leite, directora-geral da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, esclarece que o estabelecimento "respeita integralmente as regras do ensino particular e cooperativo". Ai disso ninguém duvida — especialmente no recurso aos recibos verdes.

4 comentários :

PERGUNTADOR disse...

Boa Tarde
Sou um leitor assiduo deste blog, e revejo-me em muitas das suas posições.
Relativamente a este tema concordo 100% com o que diz, e gostava de acrescentar se me permite, algo mais.
Será que estes srs para além de não cumprirem com a classe trabalhadora, da qual se constituem entidade patronal, - faz lembrar a rabula da falecida Ivone Silva da Olivia Patroa/ Olivia Custureira-, será que na greve da passada sexta-feira, estes srs p.e. Ana Avoila, Bettencour Picanço, etc, etc, prescindiram do dia de ordenado dos tachos que têm em nome do sindicalismo, e constituiram com esse montante para a constituição de um fundo de auxilio áqueles que fizeram greve, perderam um dia do seu slário e que por isso algo vai faltar este mes lá em casa.??
Será??
Posso estar enganado mas não acredito...è facil termos "masturbações politico-intlectuais" de uma greve de sucesso, á custa do esforço e sacrificio dos outros!!
O Dr Carvalho da Silva abdicou do seu salário de um dia como deputado??
Por muito descontentamento que possa haver, e acredito que há muito, mas para greves convocadas só por convocar, para que os dirigentes sindicais se realizem e alimentem o seu ego, á custa da classe trabalhadora, qd se sabe á partida que os resultados da greve serão nulos.Uma Greve do meu ponto de vista se faz por tempo indeterminado até que as pretensões sejam aceites, e os custos para os trabalhadores são pagos pelos sindicatos, como acontece na Inglaterra ou na Alemanha, ou não passam de numeros de " Opera Bufa"

Anónimo disse...

Preocupa-me a linguagem absolutamente datada dos sindicatos! Fui sindicalizado 20 anos, acreditei nesta dinâmica e representatividade, mas acabei por sentir que algumas negociações 'de última hora' tinham como beneficiários apenas os sindicalistas (forma de os calar e forma de se manterem!)...

Quintanilha disse...

Tudo boa gente!

Anónimo disse...

O PCP sempre teve uma maneira muito especial de remunerar os seus servidores; já antes do 25 de Abril os "funcionários" recebiam uma miséria para a sua sobrevivência, e mesmo essa miséria, e o que eles com ela compravam, não era deles, mas do Partido. Por isso quando algum funcionário saía do Partido era logo acusado de ladrão, pois as próprias cuecas que vestia não eram dele mas do Partido!