Jovens quadros com menos de 45 anos, que receberam mais de 25 por cento de bolas
negras, numa última tentativa para apanharem o barco que subirá o Douro
Já se suspeitava, mas o Expresso confirma-o neste fim-de-semana: “os participantes [do Compromisso Portugal] não tiveram influência sobre as conclusões, que já estavam feitas”. A revelação coube a “uma centena de jovens quadros”, “que não quer intervir pela via da partidocracia”. Estes “jovens quadros com menos de 45 anos” dispõem-se a criar um movimento cívico para decidir “que país querem deixar aos filhos”.
“Os participantes da iniciativa são escolhidos boca a boca”, mas a sua adesão está condicionada à aprovação por um conselho consultivo, do qual constam personalidades que se supõe também não queiram “intervir pela via da partidocracia”, como, por exemplo, Guilherme d’Oliveira Martins, João Salgueiro e Valente de Oliveira.
Um candidato que “receba mais de 25% de bolas negras na votação do Conselho Consultivo” não poderá debater as conclusões, o que ocorrerá, a 7 e 8 de Março, “num barco que subirá o Douro”.
Da comissão executiva do Novo Portugal faz parte Francisco Maria Pinto Balsemão. Não sei se o facto teve alguma influência no tom épico dado pelo impagável Nicolau Santos ao título da peça que subscreve: “Geração abaixo dos 45 marcha por Portugal”.
PS — Este post, sobre uns jovens quadros que se autodefinem como "relativamente arrojados, dentro de uma óptica de utopismo razoável", não pode deixar de ser dedicado a Rui Ramos, que, hoje, no DE, garante que é "no mundo dos gestores e dos empresários" que "há disponibilidade para ouvir gente nova", "pessoas que sentem o apelo cívico" e que até "podem surgir no espaço político com uma certa força".
2 comentários :
Compreendo que o PS se sinta ameaçado, mas não é para tanto.
Marcha ou navega? Eles idem é a caminho de Espanha, cambada de traidores.
Enviar um comentário