segunda-feira, janeiro 14, 2008

Sugestão de leitura

Mário Crespo escreve no JN sobre A máscara privada do monstro público. Eis uma passagem:

    “A primeira derrapagem nos custos é anunciada num suposto direito a indemnizações que a Lusoponte julga ter quando houver outra ponte sobre o Tejo. Alega-se um "exclusivo" das travessias entre Vila Franca e o mar negociado pelo Engenheiro Ferreira do Amaral quando era Ministro de Cavaco Silva. O mesmo Ferreira do Amaral (ontem concedente hoje concessionário) que agora como Presidente da Lusoponte reivindica compensações financeiras em nome de um absurdo ponto contratual por ele aprovado. Se a Lusoponte tem direitos leoninos sobre um nó vital das comunicações nacionais, não os pode ter. O governo Sócrates tem tido o mérito de nos surpreender pela frontalidade. Se erra diz que errou e volta atrás. Isto é raro nos que nos governaram sem erros e sem dúvidas. Por isso talvez seja altura de parar com este baile de máscaras que tem sido a criação de híbridos que se comportam como se fossem entidades privadas e não o são.”

6 comentários :

João Pinto e Castro disse...

Afinal sempre impende uma ameça terrorista sobre a travessia do Tejo.

Anónimo disse...

Se não houver acordo, a decisão final cabe ao tribunal de comércio de... Paris.
Outro enigma da questão: pq é q o tabuleiro da PVG é ondulado, em vez de simplesmente plano?

Anónimo disse...

Será que o Mário Crespo, finalmente, enlouqueceu, dando assim razão póstuma aos que o correram da RTP?

Anónimo disse...

Não! O Mário Crespo está meio louco há muitos anos. Este foi um intervalo lúcido. Ele não foi corrido da RTP. Quis ser correspondente nos EUA até à eternidade e o Joaquim Furtado achou (bem) que ele deveria ser um bocadinho menos ambicioso. Então o MC amuou e não aceitou qualquer tipo de trabalho. Até que aceitou rescindir o contrato, não sem antes ter acusado vários colegas de corrupção e outras loucuras que foi inventando. Também aqui o recente documentário do Barreto na RTP foi muito superficial e enganador.

Anónimo disse...

Não venham acusar MP, a questão central é saber se F.Amaral,enquanto ministro e defensor do interesse publico a que estava obrigado, actuou com dolo ou não. O resto é para distrair os incautos.

O MP terá que investigar.

Anónimo disse...

RTP, para onde vais?



Ao programa Prós e Contras, do dia 14 de janeiro de 2008,tenho a fazer uma critica muito severa:
- Num programa de informação em que se procuravam opiniões e respostas técnicas, ao projecto do LNEC, no sentido dos portugueses ficaram mais esclarecidos, qual o meu espanto quando na mesa surge um(a) dirigente partidário, transformando o dito programa de informação num comício partidária, falando, falando, sob olhar benevolente da jornalista, só parando porque não tinha mais nada para dizer. Esta deputada não tem qualquer qualificação técnica que a abalize para programa desta dimensão. Foi enviada pela direcção do PSD, só para debitar asneiras e criar confusão e prejudicar o esclarecimento o que veio acontecer. O que A RTP fez foi fazer um frete ao PSD, esquecendo que na oposição há mais partidos, incluindo também o maior partido do parlamento, que não foram ouvidos.

Foi triste ver a jornalista não saber bem o que fazer com a retórica “brilhante” da deputada, porque nunca a questionou sobre questões técnicas ? Como pela aprovação da OTA, depois Portela+1, pelo psd ao longo dos anos ? Sempre também informada dos dossier, mas aqui calou, porquê?

Ao trazer ao debate um político, fraco diga-se, com o objectivo de questionar o ministro, obrigando este a consumir o seu tempo com retóricas tipo parlamentar, afastando este de poder esclarecer tecnicamente as opções do governo, foi um estratégia bem conseguida que beneficiou o PSD e prejudicou o esclarecimento dos portugueses por parte de quem tem a obrigação e responsabilidade de governar e decidir.

A direcção de informação terá que rever estes critérios e não se deixar manipular, pautando a sua acção por regras profissionais claras e previamente definidas. Só assim o RTP, cumpre as suas obrigações com o serviço publico.