segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Sucessões





            “Raul Castro sucede ao irmão Fidel no comando de Cuba. Foi um processo sem surpresas, como acontece regularmente nos regimes que não são democráticos.”

              Público de hoje (secção das setinhas)



Concordo com o extracto transcrito, embora não entenda por que se atribui ao irmão de Fidel a setinha para cima. Mas não foi para escrever o epitáfio de um regime em acelerada decomposição que o assunto vem à baila.

É que valerá a pena reflectir sobre as sucessões nos grupos económicos portugueses. Não acontecem também através de processos “que não são democráticos”?

Essa figura mítica que dá pelo nome de João Miranda entrará de rompante na blogosfera, enquanto as bactérias continuam a alourar em lume brando, para lembrar que as sucessões nos grupos económicos respeitam apenas aos accionistas — e não é que, em parte, até tem razão?




Só que, no caso das empresas cotadas em bolsa, os accionistas minoritários (em número elevado) não são tidos nem achados quando ocorrem as sucessões. Voltará à carga o João Miranda: — É um processo democrático, porque a posição do capital maioritário prevalece.

Isso é verdade, mas os accionistas minoritários não teriam, ao menos, o direito de conhecer previamente os critérios adoptados na escolha? E as regras a seguir? Por exemplo: por que Jardim Gonçalves escolheu Teixeira Pinto para lhe suceder na presidência do BCP, sabendo-se que ele nunca foi bancário na vida?

Não seria altura de a CMVM impor um código de conduta às empresas cotadas? Condorcet pode ajudá-la a fundamentar a coisa — ou seja, os direitos das minorias.

2 comentários :

Anónimo disse...

Por falar em sucessões , Sr. Miguel Abrantes, não acha interessante politicamente o facto de Manuel Alegre não ter ido ao comicio NOVAS FRONTEIRAS ?

cá pra mim , é tão interessante como as guerrilhas internas do PSD, ou mais ...

será que Manuel Alegre tem outras fronteiras !?

Anónimo disse...

http://www.payolibre.com/presos.htm
http://www.cubanet.org/
Para os mais distraidos, fascistas, comunistas e afins, vão-se entretendo visitando estes ou outros sites e pensem no sofrimento do povo cubano.