- “(…) escrevi (…) que o não posicionamento ideológico tinha sido, durante muito tempo, uma vantagem comparativa para o PSD. Isto porque plasticidade ideológica combinada com prática de poder fez do PSD “o mais português dos partidos portugueses”. Mas o que foi vantagem deixou de o ser. Sem poder nacional desde 1995 — exceptuando a traumática experiência Durão/Portas/Santana — e com o PS de Sócrates a ocupar o espaço da eficácia reformista e da cultura de poder outrora associada aos sociais democratas, o PSD deveria procurar pôr fim ao tempo da indefinição e procurar diferenciar a sua oferta eleitoral da do PS. Contudo, os sinais das primeiras semanas de campanha interna não apontam nesse sentido.”
- “Fiquei surpreendido com as últimas projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o crescimento da zona euro, na medida em que apontam para uma ligeira recessão nos EUA, com uma taxa de crescimento anual positiva de 0,5% para este ano, e para uma forte contracção no crescimento da zona euro em 2007, de 2,6% para 1,4%.
Isto é, para mim, um verdadeiro quebra-cabeças. Por duas razões. Primeiro, a desaceleração nos EUA foi provocada por uma grave recessão imobiliária e por um forte aperto nas condições de crédito. Ora, não é este o cenário que se vive na zona euro, apesar de se verificarem algumas desacelerações regionais, designadamente em Espanha. Segundo, as notícias económicas na zona euro têm sido melhores do que o esperado, ainda que o seu dinamismo não tenha sido totalmente compreendido.”
2 comentários :
o link de Wolfgang Munchau não está correcto
Muito obrigado. Já corrigi.
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