Escreve, no Jornal de Negócios de hoje, João Borges de Assunção, “Consultor para os Assuntos Económicos” do Presidente da República:
- “Já no Estado existe um activismo preocupante. As regras e leis são mudadas com frequência excessiva. A opinião pública parece valorizar políticos com muitas ideias mesmo que sejam mutuamente inconsistentes. A justificação, muitas vezes conjuntural, para criar novas regras, medidas e instrumentos é muito pobre e percebe-se que há uma reflexão insuficiente em muitas medidas propostas.
O que me leva a uma segunda característica comum entre nós. Há também um elevado défice de análise prévia de decisões. Quando alguém no sector privado toma decisões que põem em causa o seu próprio património merece certamente a nossa admiração pelo risco que assume e a coragem que demonstra. Porém, se não usa de forma criteriosa o conhecimento que já existe, há também um elemento de irresponsabilidade e imprudência nessas decisões. Ainda assim, tendo em conta a actual apatia económica na sociedade portuguesa, a coragem e iniciativa são admiráveis para mim.
Já quando se trata da coisa pública a situação é diferente. Muitas vezes os riscos mais importantes que estão em jogo não são assumidos pelos seus proponentes mas são suportados pela sociedade em geral. A possibilidade do Estado assumir riscos elevados sem a devida ponderação não é algo para ser admirado mas sim uma prova da fragilidade das nossas instituições democráticas. Que aparentemente ainda não conseguiram incorporar os critérios da racionalidade e do conhecimento técnico e científico nos seus processos decisórios.”
Razão tinha um amigo meu, quando, perante o meu espanto por Manuela Ferreira Leite não ter constituído uma equipa para concorrer às directas no PSD, me respondeu de imediato:
- — Não precisa. Tem os assessores de Belém.
14 comentários :
"o ex-primeiro-ministro Balsemão se viu forçado a exigir a Eanes que as reuniões entre ambos fossem gravadas".
Meu Caro Miguel Abrantes,
Há aqui um equívoco. Foi precisamente o contrário.
O Presidente Eanes é que exigiu que as conversas fossem gravadas em duas cassetes. Uma ficava em poder dele e a outra era entregue ao Primeiro-Ministro Balsemão
Ela anda louco pela Manuela...
ele anda louco pela Manuela.
Assim é que esta´ certo.
Tudo claro como a agua. A manobra estrategica esta em marcha. Denegrir, denegrir, confundir e assalto ao poder.
Veremos no que acaba. Socrates não é o anjinho nem o tonto que estes imbecis e paus mandados por Kavako, pensam que é.
Vai à luta, dá a cara e o corpo, derrota com KO esta carneirada do PPD.Além do mais tem curriculo politico subatancial, quando comparado com o da manuela.Que como sabemos foi um desastre como ministra.
Cavaco Silva sempre foi um homem sorrateiro e viscoso.
Quem não o conhece, que o compre.
Ainda me surpreende a ingenuidade de quem nele votou (incluíndo eleitores do PS) acreditando na tal "cooperação estratégica".
Cavaco não é homem para presidente. É demasiado pragmático e ligado à terra. Gosta de governar, mesmo à distância.
Fá-lo de forma subreptícia e espertalhona, com meias-palavras.
Nunca me inspirou confiança.
Não é sofisticado, não é natural, foi mau primeiro-ministro, mas tem o tal ar "sério" que o portuguesinho alia a competência.
Espero que este desajeitado seja derrotado nas próximas eleições e se vá dedicar à apanha da alfarroba para o Algarve.
"Qualquer pessoa tem o direito de presumir que o que o “Consultor para os Assuntos Económicos” do Presidente da República escreve reflecte o pensamento de Cavaco Silva."
Não. É o contrário. Aquilo que temos o direito de presumir é que o pensamento de Cavaco Silva reflete aquilo que os seus assessores lhe dizem e aconselham. Ou seja, os pensamentos passam dos asessores para o presidente, e não o inverso.
Luís Lavoura
Caro Luís Lavoura, sem querer aqui "armar-me", deixe que lhe diga que muitas vezes não acontece nem uma coisa nem outra. O que existe, e mais vezes do que muito boa gente pode pensar, é uma espécie de luta interna ou quase ambiente conspirativo em que os altos quadros se têm que "aguentar à bronca sem estrilho". Há muita maldadezinha nos bastidores. E, francamente, o artigo de JBA "cheira-me" mais e esturro que encomenda. O "algarvio" SÓ parece básico.
eu redigo,
e cada dia me parece mais objectivo:
nestes tempos de crise
temos começar a pensar seriously nas proximas presidenciais,
engatilhadas nestas legislativas,
já que el rei, presidente,
se pensa investido num papel providencial,
super os partidos, via esta venerável senhora...
estas iniciativas presidenciais, já com Eanes deram fracos resultados.
que pensará, como encarará Socrates as PRÓXIMAS PRESIDENCIAIS????
"EM QUE FICAMOS?
Mário Crespo convidou o juiz Rui Rangel, presidente da Associação Juízes pela Cidadania, e o Bastonário da Ordem dos Advogados, para um debate no Jornal das 9 da SIC-Notícias. Marinho Pinto faltou. Do que ouvi (ainda não terminou), retive duas afirmações do juiz. A primeira, imputando a Celeste Cardona, antiga ministra da Justiça indicada pelo CDS-PP, a responsabilidade directa pelo caos na execução penal. A segunda, sobre os vencimentos dos juízes, que se situam, diz ele, entre um mínimo de 2000 euros (em início de carreira) e um máximo de 3900 euros (com mais de 30 anos de funções). Convinha então explicar por que razão, quando a Caixa Geral de Aposentações publica a lista de aposentados, se vêem juízes com reformas à volta de 5000 euros.
Etiquetas: Função Pública, Justiça
posted by Eduardo Pitta"
E QUE TAL UM POST A REPOR A VERDADE SOBRE O VERDADEIRO VENCIMENTO DO SENHORES MAGISTRADOS, MUITO LONGE DA VERSÃO DO JUIZ RANGEL
Caro Um veterinário qualquer, identifico-me 100% e assino por baixo do seu comentário!
O Juiz Rangel está, realmente, muito longe da verdade, a propósito dos vencimentos dos juízes.
Em início de carreira, um juiz aufere o índice 100, que são 2542,00. Acrescem o subsídio de residência, de € 700,00, isento de qualquer imposto (incluindo IRS), o subsídio de refeição, a remuneração por turnos, ajudas de custo por deslocações e subsídio quando utiliza veículo próprio. Pode ainda ter direito a casa de função e passe para transportes públicos gratuito. No topo da carreira, os juízes ganham muito mais, podem ter subsídios por presidências, veículo oficial, motorista, despesas de representação, etc.
O Marinho Pinto faltou e o juiz Rangel disse o que lhe apeteceu.
Antes o Marinho que o Rangel.
O sentido de Estado só é exigivel ao Cavacão ?
E quanto aos SóCretinos e membros do governo ?
Todos os dislates do Pinho, as certezas bacocas do Lino, a má-educação + k primária do palerma da Agricultura, as promessas quebradas da srª Primrira Ministra...
Como é que ficamos ?
Dois pesos e duas medidas ?
Pior que isto só no Zimbabué...
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