Aqui deixo o último e-mail que Eduardo Cintra Torres me enviou:
- “1. Você não deve acusar outros de fazerem "mexericos" e você mesmo sugerir que estou ligado a um partido (PSD) só porque alguém desse partido (J. Pacheco Pereira) me defendeu. Tanto mais que você ignorou em absoluto o conteúdo do que foi defendido e dessa defesa. Tenho sido alvo, felizmente, de muitos críticas elogiosas e negativas de pessoas de todos os partidos parlamentares.
2. Aceitei o convite do governo PS (PM: Guterres), como tenho aceitado outros convites do actual governo, e também do próprio PS e do BE. No caso dos outros partidos, nunca recebi convites, pelo que nem pude aceitar nem recusar.
3. A ocupação de crítico não é a de um funcionário nem de um militante. Ao longo dos séculos tem sido a coisa mais vulgar os críticos serem igualmente autores nas áreas que criticam. Mais uma vez, você entra pela via do "mexerico" pois os meus artigos não mudaram de teor quando fui colaborador da RTP. Exigi que o contrato com a RTP especificasse que o crítico (eu) mantinha incólume a capacidade crítica. Leia os meus artigos da época, já que gosta tanto de procurar coisas nos passado dos outros. E acrescento: a mesma administração que me contratou foi também a que apresentou nos tribunais três queixas-crimes contra mim, as primeiras e únicas que tive como crítico ate hoje.
4. Insisto: os factos mencionados na coluna de opinião de António Ribeiro Ferreira no Correio da Manhã, um dos maiores jornais portugueses em vendas, não foram desmentidos. Ele é jornalista, já foi e é membro de direcção de vários órgãos de informação.
5. O debate é desigual entre alguém que dá a cara como eu e alguém que se esconde num anonimato de facto como você. Eu nem mesmo sei se você se chama realmente "Miguel Abrantes". A verdade é que me predispus, por vontade própria, a debater aqui aspectos da minha vida profissional, quer nos esclarecimentos anteriores quer nesta mensagem, enquanto você continua a esconder-se no anonimato. Eu não pretenderia usar a sua vida profissional como você usa a minha, mas considero condenável que você e o vosso blogue estejam sempre a zurzir na vida profissional e pública de outras pessoas enquanto vocês se escondem no anonimato e na irresponsabilidade da blogosfera face à vida pública, bem diferente da responsabilidade exigida, e bem, aos órgãos de comunicação social, aos seus proprietários, dirigentes, jornalistas, comentadores e críticos. A ética é um valor universal, de que os blogueiros não estão isentos.
Atentamente,
Eduardo Cintra Torres”
6 comentários :
«O facto de o Expresso só ter tido acesso ao dossier [sobre o processo de licenciatura do eng. Sócrates] meses depois de a Comissão de Acesso aos Dados Administrativos ter ordenado à Entidade Reguladora para a Comunicação Social para divulgar o conteúdo do "processo Sócrates", levando uma especialista em Direito da Comunicação Social a afirmar que a entidade criada para assegurar "o livre exercício do direito à informação e à liberdade de imprensa" agiu, neste caso, "como instrumento de impedimento da liberdade de informar e de ser informado" é a gota de água num processo que desacredita, de forma irremediável, a qualidade da nossa democracia. E quando um dos conselheiros, favorável à audição do primeiro-ministro, garante que foi alvo de "insultos, ameaças e intimidações" nas reuniões da ERC, só nos ocorre perguntar como é que tudo isto se tornou possível.»
C. Cunha e Sá
"Eu nem mesmo sei se você se chama realmente "Miguel Abrantes". A verdade é que me predispus, por vontade própria, a debater aqui aspectos da minha vida profissional, quer nos esclarecimentos anteriores quer nesta mensagem, enquanto você continua a esconder-se no anonimato."
Realmente a PIDE deixou marcas neste país que são indeléveis.
Edie Falco
Não vale a pena discutir com ECT. A sua linguagem é opinativa e falha de argumentos. O ressabiamento pela sociedade não lhe ligar pataco leva-o a escrevinhar os vómitos semanais no Público. Só aquele jornal, que pelos vistos não precisa de leitores, pois os sistemáticos prejuízos são cobertos pela Sonae (é bom ter um pai rico, lhe dá cobertura.
Zirpelino
ECT desconhece (!?) o que é conflito de interesses. Um critico de TV não pode ter ligações comerciais com TV’s que têm interesse em influenciar as suas decisões. Trata-se, antes de mais, de uma regra de transparência e independência.
Misturar relações comerciais com a actividade de fazer critica não pode ficar a cargo da consciência das pessoas envolvidas. Há questões de principio. ECT deveria saber que a ética é um valor universal.
Resumindo e concluindo: Pela leitura da correspondência do ETC, aqui transcrita forçoso é concluir que o homem ou é parvo, ou faz de parvo! Cumprimentos
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