Uma delegação da CGTP, encabeçada pelo secretário-geral, foi recebida ao mais alto nível na São Caetano à Lapa. À espera de Manuel Carvalho da Silva lá estavam Manuela Ferreira Leite e António Borges, seu vice-presidente e ministro-sombra das Finanças.
Como sempre acontece quando suspeita haver um microfone nas redondezas, António Borges tinha coisas para dizer — e disse: “A CGTP faz muito bem em chamar a atenção para os problemas económicos e sociais do país porque as pessoas estão a sentir na pele as consequências de uma política económica errada, seguida pelo governo socialista.”
Num encontro que se destinou a “explicar a posição da CGTP sobre a revisão do Código do Trabalho”, o site do PSD vai ainda mais longe do que o estimável vice-presidente: “António Borges, que falava quarta-feira, no final de um encontro entre a direcção do PSD e uma delegação da CGTP/IN, declarou que o PSD concorda com o retrato da situação económica e social do país traçado pela central sindical.”
Este discurso errante traz-me à memória outra estimável personalidade do PSD que o vento levou: Luís Filipe Menezes. E, sobretudo, faz-me recordar os conselhos que Pacheco Pereira lhe deu então e que o homem de Gaia desperdiçou:
- “A visita de Menezes à Fenprof, em si, não teria nada de mal, porque os sindicatos não são pestíferos, porém no momento actual ela significa o encontro de um fraco diante de um forte, o encontro de uma oposição ineficaz com uma oposição eficaz, uma admissão de impotência deixando atrás de si um ónus grave para qualquer governo do PSD que queira fazer reformas.”
6 comentários :
Gentalha sem escrupulos. Vendem-se por uma malga de lentilhas.
Mas alguem com o minimo de conheciemto e bom senso, acredita nas palvras do borges? Só os comunistas.
A santa aliança funciona em pleno. O Carvalho S. aceita de bom grado os disparates do borges. É ve-los de braço dado, muito felizes e confiantes no futuro.
Desta gente espero tudo, o que de mais retrogado há na nossa sociedade, comunistas/liberais,comungam das mesmas ideias.A mascara caiu.
Manuela Ferreira Leite
Depois de uma ausência de uma semana Manuela Ferreira Leite decidiu reaparecer em Braga para fazer uma importante declaração política, que o comício do PS foi demasiado ostensivo para a pobreza que circunda a região.
Numa semana em que o mundo aguarda a solução para a crise financeira, em que sobre este tema Cavaco Silva produziu importantes declarações, em que se discutiu o papel dos reguladores, em que se fala de um boicote ao abastecimento de combustível, em que houve um debate parlamentar, em que Sócrates teve várias declarações públicas, Manuela Ferreira Leite preocupou-se com o acessório, exigiu que da próxima o comício fosse na Quinta da Atalaia, gentilmente emprestada pelo PCP, e que Sócrates se apresente vestido com roupa doada pela Santa Casa da Misericórdia.
Para Manuela Ferreira Leite este foi o tema que mais a preocupou durante a semana e como solução defendeu que as instituições adoptem as regras fransciscanas, os pobres continuam pobres mas, ao menos, ficam com a sensação e a tranquilidade de saber que todos são pobres.
Discurso político demasiado miserável para que Manuela Ferreira Leite seja solução para o governo
Pois, pois, tem toda a razão, com JPP a servir de António Ferro...
OLá BDIA! Tem um selo da Cleopatra apenas pelas razões da Cleopatra.
Nada melhor para um partido (no caso) do que ter alguem obcecadamente preocupado, sempre atento a tudo o que se passa, não deixando escapar nadinha. Saltitando entre jornais, blogues, sites oficiais, menos oficiais, HI5 e msn, tem tudo preparadinho para sair daqui um contributo inestimável sobre como não ser Oposição. Não sei se será um caso de Psicologia ou de Circo. Mas há alguém que não tem vida própria a pensar no PSD, e deve ter pesadelos com coelhinhas vestidas de laranja. Só não é um caso de saúde pública porque o contágio não é elevado. Ainda assim, não percebo como um partido tão medíocre faz perder a vida a uma alma. Receio de resultados eleitorais é impossível dada a mediocridade destes, comparativamente aos outros. Por isso só pode ser caridade para com a democracia. Graças a Deus que ainda há almas caridosas.
Pois, pois. Lá terão conseguido, uma vez mais, o prestimoso apoio laranja - os autocarros das autarquias laranja - para trazer para Lisboa pessoal para a grande marcha de luta em 1 de Outubro próximo.
Les bons ésprits se rencontrent (depouis longtemps)...
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