Já sabíamos que o suplemento Economia do Público é à prova de bala. A realidade, designadamente a económica, é um assunto tabu. No suplemento de hoje, após uma semana conturbada, os temas são todos originais e, sobretudo, interessantes: “Aprenda a segurar o seu emprego”, “Grupo Tata controla derrapagem do Nano”, “Salários: um assunto delicado”, “Escassez de água pode vir a ser a mais grave de todas as crises”, etc., etc.. Quem sabe se uma edição preparada tempestivamente na silly season?
Mas o que me chamou a atenção foi o artigo assinado por Luís Aguiar-Conraria, que pretende alertar-nos para o problema da corrupção — naquela acepção vaga que dá fôlego às conversas de café.
Para ser rigoroso, o artigo não incide sobre a corrupção, mas antes sobre a inexistência de uma “imprensa livre” que combata a corrupção. As casas da “Câmara de Lisboa” são o exemplo que o autor tinha mais à mão para pôr em evidência a compra de “cumplicidades” para amordaçar a imprensa, sendo que, “[e]ntre os envolvidos, encontramos o filho de um ex-Presidente da República, um ex-ministro, um ex-Primeiro-Ministro e um ex-Presidente da República.”
Em todo o caso, o problema que parece ter inspirado Luís Aguiar-Conraria é o seguinte:
- “Há duas semanas soube da extensão do problema quando li que o director do jornal PÚBLICO foi ameaçado pelo primeiro-ministro antes de denunciar as peculiaridades que envolviam a licenciatura de José Sócrates. Disse o chefe de governo: "Fiquei com uma boa relação com o seu accionista e vamos ver se isso não se altera." Esta ameaça é temível porque, obviamente, as decisões de um governo valem fortunas e não há empresa que lhes possa escapar.
Sabemos agora que os mais altos responsáveis políticos pressionam os media de formas indignas de um regime democrático. Se nada acontece quando o primeiro-ministro ameaça o director de um jornal, o que não se passará por esse país fora?”
Quer Luís Aguiar-Conraria uma imprensa mais livre do que esta que o acolhe de braços abertos?
9 comentários :
Perdão?
De braços abertos?
Não será mais d epernas abertas?
Sendo feminina a Imprensa...
MFerrer
Qual liberdade de imprensa qual quê! O que o homem quer dizer é que gosta da libertinagem de imprensa que é praticada no pasquim coio das cruzadas, pelos seus gurus JMF e JPP. E depois?
Liberdade de imprensa... Pfff...
Roça o ridiculo, além de uma opinião encomendado pelo lambe-botas da sonae.
São todos uns imbecis começando pelo belmiro e terminando nos seus sequases. Alcapone não fazia melhor.
É por estas e por outras que eu há muito deixei de omprar ou ler o Público e só voltarei quando JMF de lá sair.
Não dêem tanto enfoque ao homem, ele, lá está, não para ser jornalista, mas, para ser, a vontade da voz do patrão...ninguem pode levar mal, entendem ou preferem um rabisco?
Zé Bonè
Eu queria ter a liberdade de aprovar, ou não, o casamento "gay".
Um referendo, porque nâo
Ora aí está! reconhece-se coragem neste post
Sugiro leitura
http://avarinhamagicadevalentimloureiro.blogspot.com/
É do caralho !
Esta posta de "bosta" remete-nos para a pandemia das coacções exercidas pelos paneleiros sobre os heteros.
Realmente, nesta situação de sufoco, só mesmo esta "bosta" poderia servir de descompressor !
É preciso ser muito filho da puta para ter um rasgo de génio deste jaez...
Foda-se... Vocês são mesmo bons !!!
Cheesecake - para os apreciadores de jaaz
http://www.youtube.com/watch?v=ainGwdBlbes
Zé Bonè
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