Criado por dissidentes do antigo regime, mais preocupados com os efeitos do condicionamento industrial do que com a ausência de liberdade e democracia, o PPD/PSD resultou de um apressado acasalamento de conveniência entre as gentes dos negócios e da lavoura, assente nas “forças vivas da Nação” (vindas em boa parte da Acção Nacional Popular).
Não obstante a posterior recomposição da base social de apoio do PSD, consequência do progressivo abandono dos campos e a crescente importância do “poder local”, a verdade é que as fissuras entre os “liberais e elitistas” e o “circuito da carne assada” tendem a acentuar-se.
O Filipe Nunes Vicente deixa subentendido que a cisão entre o PPD e o PSD pode vir a caminho — e que estará em curso, neste momento, a avaliação do “risco”: “Em casa nova não há luxos nem mordomias.” Pois é, mas há o problema de uma implantação reduzida (dez a 15 por cento?).
1 comentário :
Caro Miguel,
Essa dicotomia parece-me excessivamente simples.Um bocado menesiana...
Para mais, eu não deixo entender nada, exprimi apenas uma opinião.
E não conto para nada neste jogo.
Um abraço,
FNV
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